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CPMI do INSS deve ficar para depois do recesso, avalia oposição

Mesmo com número suficiente de assinaturas, instalação da comissão deve acontecer só no segundo semestre. Requerimento ainda precisa ser lido em sessão do Congresso.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que pretende investigar fraudes no INSS só deve sair do papel após o recesso parlamentar de julho. A avaliação é da própria oposição, que articula a criação do colegiado, mas reconhece que o processo vai demandar tempo: mesmo se o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (União-AP), der sinal verde.

O passo inicial para que a CPMI seja oficialmente instalada é a leitura do requerimento em sessão conjunta da Câmara e do Senado. A próxima oportunidade para isso será no dia 27 de maio. Só depois dessa etapa é que os partidos poderão indicar os integrantes da comissão: titulares e suplentes.

“Se a leitura ocorrer no dia 27, ainda haverá reuniões e negociações entre as lideranças para definir o presidente, o relator e os membros da CPMI, conforme a proporcionalidade partidária. Antes do fim de junho, ela não será instalada e, em seguida, já entraremos no recesso parlamentar”, afirmou à imprensa um interlocutor da oposição.

O recesso está previsto entre os dias 18 e 31 de julho.

Requerimento tem apoio, mas ainda não foi lido

O pedido para criação da comissão foi protocolado na segunda-feira (12) e já conta com 269 assinaturas: são 230 deputados e 39 senadores, número suficiente para avançar com o processo. Apesar disso, o requerimento ainda não aparece na página oficial do Congresso.

Mesmo com a orientação do Palácio do Planalto para que os parlamentares governistas não assinem o pedido, alguns aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) têm apoiado a iniciativa.

Um exemplo é o senador Fabiano Contarato (PT-ES), ex-líder da bancada petista no Senado, que assinou o requerimento nesta quinta-feira (15). Pelas redes sociais, ele defendeu uma apuração rigorosa sobre as fraudes no sistema de seguridade social.

“Fraudar aposentados e pensionistas é um crime inaceitável, de uma crueldade imensa contra aqueles que trabalharam para construir este país”, escreveu Contarato.
“É preciso uma investigação contundente, que traga punição exemplar para todos os responsáveis, doa a quem doer.”

Por: Daniela Castelo Branco

Foto: Divulgação

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