Especialistas explicam os efeitos, riscos e cuidados com a tirzepatida, medicamento que começa a ser vendido no Brasil e chama atenção por sua potência para perda de peso.
A chegada do Mounjaro às farmácias brasileiras tem gerado grande expectativa e, junto com ela, muitas dúvidas. O medicamento injetável, cujo princípio ativo é a tirzepatida, foi inicialmente desenvolvido para tratar o diabetes tipo 2, mas ganhou notoriedade pelo alto potencial de emagrecimento.
Com um mecanismo de ação inovador, que combina dois hormônios (GLP-1 e GIP), o Mounjaro tem se mostrado ainda mais eficaz que a semaglutida (presente em remédios como Ozempic e Wegovy) em estudos clínicos.
Apesar da promessa de resultados expressivos como uma perda média de até 20% do peso corporal, a tirzepatida não é isenta de efeitos colaterais e não deve ser usada sem orientação médica. Náuseas, alterações no ciclo menstrual, queda de cabelo, mudanças de humor e riscos para quem tem histórico de doenças específicas estão entre os pontos que exigem atenção.
Além disso, os especialistas reforçam que o Mounjaro não substitui alimentação saudável nem prática de exercícios físicos, e que a manutenção dos resultados depende de mudanças reais no estilo de vida.
É comum aparecer dúvidas sobre o uso da tirzepatida, desde sua eficácia até quem pode ou não usá-la. É de fundamental importância, procurar orientações com endocrinologistas e dermatologistas.
Importante: mesmo que o uso “off label” para emagrecimento esteja em alta, no Brasil, a Anvisa liberou o uso da tirzepatida apenas para pacientes com diabetes tipo 2. O acompanhamento médico é indispensável.
Por: Daniela Castelo Branco
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