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Lula já soma 106 dias fora do país em seu 3º mandato

Presidente deve viajar à França e ao Canadá em junho; compromissos internacionais elevam ainda mais o tempo de ausência de Brasília.

Com pouco mais de um ano e quatro meses de mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já passou 106 dias fora do Brasil em compromissos internacionais. E o número deve crescer nas próximas semanas: o petista tem convites para participar do G7, no Canadá, e de uma conferência sobre o clima na França, prevista para o início de junho.

Só em 2025, Lula já passou 18 dias no exterior. E o calendário ainda nem chegou à metade do ano. Com as viagens previstas para os próximos dias, ele pode somar pelo menos 23 dias fora do país só neste ano. Em 2024 inteiro, foram 26 dias em deslocamentos internacionais.

A agenda externa segue movimentada. No último dia 15 de maio, o presidente retornou de uma maratona diplomática por Rússia e China, encerrada com um bate-volta ao Uruguai, onde participou do velório do ex-presidente Pepe Mujica, em Montevidéu. Essa foi a quinta viagem internacional de Lula em 2025:  o petista já havia estado no Uruguai em fevereiro, para a posse do novo presidente, Yamandú Orsi.

G7 e Acordo de Paris: próximos compromissos

No Canadá, Lula foi convidado a integrar o encontro do G7, entre 15 e 17 de junho, em Kananaskis, na província de Alberta. O primeiro-ministro canadense, Mark Carney, deve ligar pessoalmente para o brasileiro nos próximos dias, reforçando o convite já encaminhado oficialmente ao Palácio do Planalto.

Na França, o presidente brasileiro deve se reunir com Emmanuel Macron e participar da conferência “10 anos após o Acordo de Paris”, que vai debater os avanços e desafios da política climática internacional; tema caro ao governo Lula, especialmente diante da crise ambiental no Rio Grande do Sul.

Diplomacia ativa ou ausência excessiva?

A agenda externa de Lula é justificada pelo governo como parte de uma estratégia de reposicionar o Brasil no cenário internacional, especialmente após o isolamento diplomático durante a gestão anterior. O Itamaraty também tem ressaltado o papel de Lula como voz do Sul Global em fóruns multilaterais, como a COP, o G20 e os BRICS.

Mas a recorrência das viagens tem gerado críticas. Alguns opositores acusam o presidente de passar tempo demais fora de Brasília, especialmente em momentos sensíveis, como a tragédia climática no Sul. Já aliados veem nas viagens, uma oportunidade para o Brasil recuperar protagonismo, atrair investimentos e ampliar acordos comerciais. Com novos compromissos à vista, a conta dos dias longe do país segue aumentando.

O equilíbrio entre presença interna e articulação internacional promete continuar no centro do debate político brasileiro.

Por: Daniela Castelo Branco

Foto: Divulgação/UOL

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