Alunos e membros do sindicato protestam contra decisão da Seduc; denúncias envolvem cobrança indevida e falta de manutenção na escola João Bento da Costa
A exoneração do diretor da escola estadual João Bento da Costa, em Porto Velho, tem gerado polêmica e dividido opiniões. O episódio ganhou repercussão após uma manifestação organizada por membros do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Rondônia (Sintero), nesta quinta-feira (5), dentro do ambiente escolar.
Durante o protesto, alunos também se mobilizaram, e alguns relatos apontam que parte deles passou a circular com motos em alta velocidade dentro da escola, o que gerou preocupações com a segurança no local. A Seduc ainda não se pronunciou oficialmente sobre o episódio envolvendo os estudantes.
Protesto e polêmica
O Sintero foi até a unidade para contestar a exoneração do ex-diretor, cuja saída foi determinada após denúncias envolvendo a cobrança de uma taxa de R$ 3,50 para a participação em uma atividade escolar. Segundo relatos, estudantes que não tinham condições de pagar o valor teriam sido retirados de sala, o que gerou forte repercussão negativa nas redes sociais e na comunidade escolar.
O caso está sendo apurado pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc), que decidiu pelo afastamento da gestão até que todos os fatos sejam esclarecidos.
Gestão sob suspeita
Outro ponto que acirrou o debate foi a informação de que a escola recebe cerca de R$ 700 mil mensais para manutenção da estrutura física, o que levanta questionamentos sobre o estado atual do colégio, que apresenta problemas visíveis, como salas com infraestrutura precária.
Diante disso, pais, alunos e autoridades cobram mais transparência na aplicação dos recursos públicos destinados à escola. Também há pedidos para que órgãos de controle, como o Tribunal de Contas e o Ministério Público, acompanhem o caso.
O que diz o sindicato
O Sintero afirma que o diretor afastado vinha realizando um bom trabalho e que a exoneração foi precipitada. Para o sindicato, a decisão da Seduc deve ser revista e o processo investigativo conduzido de forma justa, ouvindo todos os envolvidos.
Próximos passos
Enquanto isso, a Secretaria informou que irá apurar tanto a denúncia de cobrança irregular quanto o uso dos recursos de manutenção escolar. A comunidade escolar pede urgência nas investigações e transparência no processo, para que os alunos não sejam os maiores prejudicados com o conflito.
Por: Daniela Castelo Branco
Foto: Divulgação