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Frentes Parlamentares alertam: “Alternativa ao IOF é escalada tributária disfarçada”

Governo propõe aumentar impostos sobre apostas, LCIs e LCAs para compensar recuo do IOF; parlamentares defendem corte de gastos e criticam impacto sobre a economia.

A Coalizão das Frentes Parlamentares lançou nesta segunda-feira (9) um manifesto contundente contra a chamada “recalibragem” do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), proposta pelo governo como alternativa ao aumento da tributação. Para o grupo, formado por representantes de diversos setores da economia, a medida é, na verdade, uma manobra para manter a escalada de impostos no país.

“No fundo, essa recalibragem não alivia o contribuinte, apenas mascara a continuidade do aumento da carga tributária”, afirmam os parlamentares no texto divulgado. Segundo eles, a atual estratégia do governo, que envolve elevação da taxação sobre casas de apostas e o fim da isenção do Imposto de Renda para investimentos como LCIs, LCAs e debêntures, não resolve o verdadeiro problema fiscal brasileiro.

“Estamos diante de um país exaurido por impostos crescentes, que sufocam a produção, afastam investimentos e alimentam a informalidade”, alerta o manifesto. “A solução verdadeira passa pela redução responsável dos gastos públicos, modernização da máquina estatal e combate aos privilégios.”

Entre as medidas propostas pelo governo para compensar o recuo do IOF, estão:

                •             A elevação da tributação sobre as receitas brutas das casas de apostas, que passaria de 12% para 18%;

                •             A cobrança de 5% de imposto de renda sobre Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e debêntures incentivadas, que hoje são isentas;

                •             O fim da alíquota reduzida de 9% da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para fintechs, que seriam tributadas a 15%.

Para as Frentes Parlamentares, essa abordagem “insustentável” mina a previsibilidade econômica e dificulta a geração de empregos formais, comprometendo o poder de compra da população.

No documento, o grupo faz quatro exigências claras para enfrentar a crise fiscal do país:

                1.            Suspensão imediata da política de aumento de impostos;

                2.            Redução concreta e urgente dos gastos públicos;

                3.            Reforma administrativa para tornar o Estado mais eficiente;

                4.            Foco em desburocratização e modernização da gestão pública.

Assinam o manifesto frentes importantes como a da Agropecuária, Comércio e Serviços, Livre Mercado, Empreendedorismo, Biodiesel, Turismo, Habitação, Mulher Empreendedora, Aviação Civil, Cultura e Entretenimento, entre outras.

Para o setor produtivo, o recado é claro: a conta da irresponsabilidade fiscal não pode continuar sendo paga pelos trabalhadores e empreendedores do Brasil.

Texto: Daniela Castelo Branco

Foto: Divulgação

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