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Tensão crescente: EUA temem ataque iminente do Irã após bombardeios

Washington reforça defesas no Oriente Médio e tenta, ao mesmo tempo, buscar uma solução diplomática para evitar uma escalada militar.

O clima de tensão entre Estados Unidos e Irã ganhou novos contornos nas últimas horas. Autoridades americanas avaliam que Teerã pode lançar ataques de retaliação contra tropas dos EUA no Oriente Médio a qualquer momento, possivelmente nos próximos dias.

A informação foi revelada por dois oficiais do governo americano nesta segunda-feira (23), em entrevista à agência Reuters, sob condição de anonimato. Segundo eles, mesmo com o alerta máximo nas bases militares da região, Washington ainda tenta costurar uma saída diplomática que evite uma escalada mais grave.

A ameaça da retaliação

O risco de um contra-ataque iraniano aumentou depois que os Estados Unidos bombardearam instalações nucleares no Irã no último fim de semana. Desde então, Teerã tem prometido reagir.

O presidente Donald Trump, por sua vez, endureceu o tom e afirmou que qualquer tentativa de retaliação será respondida com uma força muito maior do que a usada nos ataques recentes.

Bases americanas em alerta

Para se proteger, os EUA intensificaram a segurança das tropas estacionadas em pontos estratégicos da região, como no Iraque e na Síria. O chefe do Estado-Maior Conjunto, general Dan Caine, confirmou que a proteção foi reforçada.

Atualmente, cerca de 40 mil soldados americanos estão distribuídos pelo Oriente Médio, com acesso a sistemas de defesa aérea, caças e navios de guerra. Mesmo com toda essa estrutura, fontes militares reconhecem que as bases americanas continuam vulneráveis, especialmente diante de ataques com mísseis ou drones.

Na tentativa de reduzir riscos, o Pentágono retirou recentemente algumas aeronaves e embarcações de bases mais expostas, incluindo a Base Aérea de Al Udeid, no Catar: a maior instalação militar dos EUA na região, onde estão cerca de 10 mil soldados.

Estreito de Ormuz ainda aberto

Apesar das ameaças, o Irã até agora não realizou ataques diretos a bases americanas nem tomou medidas mais extremas, como o fechamento do Estreito de Ormuz; por onde passa cerca de 25% do transporte mundial de petróleo.

Ainda não está claro se a diplomacia conseguirá evitar um novo capítulo de violência. Mas, nos bastidores, o temor de um confronto aberto entre Teerã e Washington aumenta a cada dia.

Texto: Daniela Castelo Branco

Foto: Divulgação

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