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Brasileira que caiu em vulcão na Indonésia é encontrada morta após quatro dias de buscas

Juliana Marins, de 24 anos, escorregou durante trilha no Monte Rinjani; família confirma morte e Itamaraty presta condolências

Após quatro dias de buscas intensas, equipes de resgate da Indonésia localizaram, nesta terça-feira (24), o corpo da brasileira Juliana Marins, de 24 anos, que havia desaparecido após sofrer uma queda durante uma trilha no vulcão Rinjani, na ilha de Lombok. A informação foi confirmada pela própria família nas redes sociais.

Natural de Niterói (RJ) e dançarina profissional de pole dance, Juliana estava em viagem pela Ásia desde fevereiro, passando por países como Filipinas, Tailândia e Vietnã antes de chegar à Indonésia. Segundo amigos, ela estava realizando o sonho de conhecer o continente.

O acidente

Juliana caiu de uma altura de cerca de 300 metros na última sexta-feira (20), enquanto caminhava por uma trilha do Monte Rinjani. Turistas que estavam na região presenciaram o momento da queda e, cerca de três horas depois, conseguiram alertar a família da brasileira pelas redes sociais, enviando fotos, vídeos e a localização exata, inclusive com o auxílio de drones.

Desde então, a família iniciou uma mobilização nas redes para pedir ajuda nas buscas. O pai de Juliana, Manoel Marins Filho, viajou às pressas para a Indonésia, partindo de Lisboa nesta terça-feira (24), com destino a Bali. Antes de embarcar, ele gravou um vídeo pedindo orações e agradecendo o apoio que vinha recebendo.

Falta de segurança nas trilhas

O caso reacendeu o debate sobre a falta de infraestrutura e segurança em trilhas da região. O brasileiro Vinicius dos Santos, que visitou o local no final de 2023, relatou que chegou a desistir de escalar o vulcão após perceber o risco. Segundo ele, as trilhas têm pouca sinalização e os guias locais operam sem rádios, kits de primeiros socorros ou sistemas de comunicação adequados.

“O turismo na região é bastante precário. Quem sobe o Rinjani, faz isso praticamente por sua conta e risco”, afirmou.

Nota oficial do governo brasileiro

O Ministério das Relações Exteriores lamentou a morte de Juliana e divulgou nota de pesar. O Itamaraty destacou que a Embaixada do Brasil em Jacarta acompanhou as operações de busca desde a notificação do acidente, mantendo contato com as autoridades locais e a família da jovem.

“O governo brasileiro transmite suas condolências aos familiares e amigos da turista brasileira pela imensa perda nesse trágico acidente”, diz o comunicado.

A família de Juliana também usou as redes sociais para agradecer o apoio recebido durante os dias de angústia.

Texto: Daniela Castelo Branco

Foto: Divulgação

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