Número foi atualizado por autoridades iranianas nesta segunda-feira (30); guerra durou 12 dias e terminou com anúncio de cessar-fogo pelos EUA
Subiu para 935 o número de mortos no Irã após os intensos ataques israelenses que marcaram o mais grave confronto direto entre os dois países nas últimas décadas. A atualização foi feita nesta segunda-feira (30) pelo porta-voz do Poder Judiciário iraniano, Asghar Jahangir, segundo informações divulgadas pela agência estatal iraniana.
Entre as vítimas, 38 são crianças e 132 são mulheres, conforme dados forenses coletados após os 12 dias de bombardeios que atingiram a capital Teerã e diversas outras regiões do país. Antes disso, o Ministério da Saúde do Irã havia informado um total de 606 mortes; número que agora, com o avanço das investigações, foi amplamente superado.
A escalada da guerra
A tensão entre Irã e Israel se intensificou no dia 13 de junho, quando Israel lançou uma ofensiva direta contra alvos estratégicos na capital iraniana. O governo israelense justificou a ação como uma medida para frear o avanço do programa nuclear iraniano, que, segundo as Forças de Defesa de Israel (FDI), representa uma ameaça existencial.
O Irã reagiu imediatamente com ataques aéreos e drones, e o confronto direto entre as nações se estendeu por quase duas semanas, gerando apreensão internacional. Durante esse período, centenas de civis foram atingidos, e a infraestrutura de várias cidades iranianas ficou gravemente danificada.
Intervenção dos EUA e cessar-fogo
Com a escalada do conflito, os Estados Unidos intervieram militarmente, bombardeando instalações nucleares no Irã. Após o ataque americano, o presidente Donald Trump anunciou um cessar-fogo entre Irã e Israel, o que levou à suspensão das hostilidades.
Apesar do cessar-fogo, o ambiente permanece tenso na região, e os efeitos da guerra ainda são sentidos, especialmente entre a população civil. O número elevado de mortos reforça o alto custo humanitário do confronto e levanta novas discussões sobre os limites da atuação militar diante de ameaças geopolíticas.
O Irã ainda não informou oficialmente se buscará responsabilização internacional contra Israel ou os EUA. Organizações humanitárias, por sua vez, já pedem a entrada urgente de ajuda médica e apoio psicológico às famílias atingidas pela tragédia.
Texto: Daniela Castelo Branco
Foto: Divulgação