Ex-presidente, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, deixa presídio em Maceió após decisão de Alexandre de Moraes respaldada por parecer da PGR
O ex-presidente Fernando Collor de Mello, de 75 anos, vai cumprir em casa a pena de oito anos e dez meses a que foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (1º) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que acolheu pedido da defesa e parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Desde a última sexta-feira (25), Collor estava preso no presídio Baldomero Cavalcanti, em Maceió (AL). O regime domiciliar foi autorizado em razão de seu estado de saúde considerado frágil — ele sofre de Parkinson, Apneia do Sono Grave e Transtorno Bipolar.
Na decisão, Moraes destacou que a medida é excepcional, mas proporcional diante da idade avançada e das comorbidades do ex-presidente. O parecer da PGR, assinado pelo procurador-geral Paulo Gonet, seguiu na mesma linha, ressaltando que a manutenção de Collor no sistema prisional poderia colocar sua saúde em risco.
A defesa do ex-presidente afirmou ter recebido a decisão com “serenidade e alívio” e reforçou que as condições clínicas de Collor tornam o regime domiciliar a medida mais adequada. “A idade avançada e o estado de saúde justificam plenamente a adoção da prisão domiciliar”, declarou a equipe de advogados em nota oficial.
Por: Daniela Castelo Branco
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