Encontro convocado por Gabriel Boric ocorre em 21 de julho e visa articular ações contra desinformação e extremismo político
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve viajar ao Chile no próximo dia 21 para participar de um encontro internacional em defesa da democracia, promovido pelo presidente chileno Gabriel Boric. A reunião, batizada de “Democracia Sempre”, será realizada no Palácio de La Moneda, sede do governo chileno, em Santiago.
Além de Lula, estão confirmados o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e o pré-candidato à presidência do Uruguai, Yamandú Orsi. O objetivo do encontro, segundo o governo chileno, é construir um posicionamento conjunto em favor da democracia, do multilateralismo e de uma cooperação global baseada na justiça social.
A agenda é uma continuidade das articulações feitas pelos mesmos líderes desde fevereiro, quando realizaram uma reunião virtual para discutir os riscos da desinformação, da polarização política e da influência de campanhas estrangeiras sobre os regimes democráticos. Na ocasião, Pedro Sánchez defendeu o combate à propagação de ódio nas redes sociais e a garantia de que essas plataformas estivessem “livres de bots”.
Os desdobramentos da reunião de julho serão levados ao debate durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, marcada para setembro, em Nova York.
O encontro também é visto como uma reação ao avanço de discursos extremistas, à erosão institucional em países latino-americanos e à crise da governança global. A iniciativa visa unir esforços entre países progressistas para enfrentar os desafios contemporâneos da democracia.
Segundo o Palácio de La Moneda, apenas Lula, Sánchez, Petro e Orsi foram oficialmente convidados até o momento.
Texto: Daniela Castelo Branco
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