Segundo a Receita Federal, mais de R$ 1,2 milhão em canetas ilegais foram apreendidos nos aeroportos brasileiros
Mesmo antes da liberação oficial no brasil, clínicas de estética já lucram com a comercialização irregular do Mounjaro, medicamento injetável usado para tratar diabetes tipo 2 e que ficou conhecido pelo potencial de emagrecimento.
O produto está sendo vendido por clínicas no Maranhão e no Piauí. Em ambos os casos, a dose é fracionada — o que é proibido. A embalagem aprovada pela Anvisa não permite divisão e só pode ser comercializada por farmácias.
Além disso, o medicamento está sendo indicado por pessoas que não têm autorização legal para prescrever remédios. Nutricionistas e profissionais sem formação médica oferecem acompanhamento e consultas estéticas como parte do tratamento com a caneta.
Em uma das clínicas, a aplicação é substituída pelo envio de uma seringa com o medicamento retirado da embalagem original, acompanhada de gelo em um isopor. O transporte inadequado e a manipulação sem controle técnico aumentam os riscos de contaminação e reações adversas.
A fabricante do medicamento informou que nenhuma unidade foi oficialmente disponibilizada no mercado brasileiro até o momento. produtos vendidos por fora das farmácias podem ser falsificados, contrabandeados ou armazenados de forma incorreta.
Segundo a Receita Federal, mais de R$ 1,2 milhão em canetas ilegais foram apreendidos nos aeroportos brasileiros apenas no primeiro trimestre deste ano — valor 74% maior do que o total apreendido em 2024. A Polícia Federal já interceptou mais de mil unidades em 2025.
A previsão é que o Mounjaro chegue às farmácias brasileiras a partir da segunda quinzena de maio, mas com venda controlada. a Anvisa já determinou que, a partir de julho, a receita para esse tipo de medicamento deverá ser retida. Especialistas reforçam: uso sem orientação médica pode colocar a vida em risco.
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Por: Redação
Foto: Divulgação/Imagens: Rema TV