Recondução antecipada é vista como gesto de estabilidade institucional; nome voltará a ser sabatinado pelo Senado.
O governo federal vai enviar nesta quinta-feira (28) ao Senado a indicação de Paulo Gustavo Gonet Branco para ser reconduzido ao cargo de procurador-geral da República por mais dois anos. A decisão foi oficializada na edição do Diário Oficial da União desta manhã.
Gonet, que assumiu a chefia do Ministério Público Federal em dezembro de 2023, foi escolhido novamente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para permanecer no posto, ele terá de passar outra vez pela sabatina da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e ser aprovado pelo plenário do Senado. Na primeira votação, em 2023, obteve 65 votos favoráveis e 11 contrários.
A ministra da Secretaria Institucional da Presidência, Gleisi Hoffmann, comunicou a decisão ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), ainda na quarta-feira (27). Coube a Alcolumbre, junto do presidente da CCJ, senador Otto Alencar (PSD-BA), definir a data da sabatina.
Auxiliares de Lula destacam que a recondução antecipada de Gonet, cujo mandato atual termina apenas em dezembro, busca transmitir um sinal de normalidade e respeito às instituições. Em nota, o procurador-geral agradeceu ao presidente pela renovação da confiança e reafirmou seu compromisso: “Renovo também eu o meu propósito de empenho e dedicação à causa da Justiça, ao Ministério Público e ao país”.
A escolha de Gonet reforça a tentativa de Lula de consolidar estabilidade entre os Poderes, em um momento em que a relação com o Congresso tem sido marcada por tensões e disputas políticas. Mais do que uma nomeação, a recondução se transforma em um gesto simbólico de previsibilidade e continuidade em meio a um cenário de incertezas.
Texto: Daniela Castelo Branco
Foto: Divulgação/CNN Brasil
