Doze associações e seis empresas são alvo de ação que busca reparar prejuízo de mais de R$ 2,5 bilhões causados por fraudes contra aposentados e pensionistas.
A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com uma ação cautelar para bloquear os bens de 12 entidades e seis empresas suspeitas de participar de um esquema bilionário de fraudes contra aposentados e pensionistas do INSS.
A medida foi anunciada nesta quinta-feira (8) pelo ministro-chefe da AGU, Jorge Messias, durante coletiva em Brasília.
Segundo a AGU, as entidades funcionavam como fachadas e foram criadas exclusivamente para aplicar golpes, com o envolvimento de agentes públicos e privados. A ação tem como base a Lei Anticorrupção (Lei nº 12.846/2013) e visa garantir a reparação de um prejuízo calculado em R$ 2,56 bilhões ao INSS, valor apurado pela Dataprev com base nos descontos indevidos realizados entre 2019 e 2024.
A suspeita é de que as associações, com o uso de “laranjas”, firmaram convênios com o INSS e descontaram ilegalmente valores dos benefícios de segurados, por meio de vantagens pagas a servidores para viabilizar os acordos.
O pedido de bloqueio também atinge os dirigentes dessas entidades e busca resguardar os cofres públicos para o eventual pagamento de multas e ressarcimento dos valores desviados.
A investigação faz parte da Operação Sem Desconto, deflagrada em abril pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU), que estima em R$ 6,3 bilhões o total cobrado indevidamente de aposentados e pensionistas nos últimos cinco anos.
Por: Daniela Castelo Branco
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