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Análise política – Marcos Rogério: liderança conservadora sob pressão rumo a 2026

Senador de Rondônia lidera pesquisas para governo e Senado, mas enfrenta tentativa de desgaste dentro do próprio campo bolsonarista

O senador Marcos Rogério (PL-RO) se consolidou como uma das principais lideranças da direita no país, especialmente na região Norte. Evangélico, ligado à Assembleia de Deus, e defensor fervoroso de pautas conservadoras, ele chega a 2025 liderando as pesquisas tanto para o governo quanto para o Senado em Rondônia. Mas sua trajetória também enfrenta pressões e tentativas de descredibilização, especialmente dentro do próprio campo bolsonarista, de olho nas eleições de 2026.

História de vida e política

Nascido em Ji-Paraná, Marcos Rogério construiu uma carreira como jornalista e advogado antes de ingressar na política. Mesmo tendo passado pelo PDT no início da trajetória, mais por realidade regional que por afinidade ideológica, sempre defendeu pautas conservadoras, como o impeachment de Dilma Rousseff e a reforma trabalhista.

No Senado desde 2019, se destacou como voz fiel ao bolsonarismo. Foi um dos principais defensores do governo na CPI da Pandemia e atua em frentes sensíveis para sua base, como segurança pública, direitos de propriedade, valores cristãos e desburocratização ambiental. É autor de projetos como o que busca derrubar a criminalização da homofobia e outro que permite a religiosos recusarem a celebração de casamentos homoafetivos. Também defende classificar invasões de terra como terrorismo.

Ao longo do mandato, destinou mais de R$ 938 milhões em emendas para Rondônia, com foco em infraestrutura, saúde, educação e apoio ao agronegócio.

Em 2022, disputou o governo do estado, chegou ao segundo turno, mas foi derrotado por Marcos Rocha (União Brasil), também bolsonarista. A disputa expôs uma divisão interna na direita de Rondônia, que persiste. Pesquisas recentes da Paraná Pesquisas (abril de 2025) apontam Rogério na liderança tanto na corrida ao governo, com 27,1%, quanto ao Senado, com 43,8%.

Pressão e descredibilização

Apesar da liderança, enfrenta movimentos para desgastá-lo junto ao eleitorado conservador. Adversários, como Marcos Rocha e outros nomes da direita local, tentam associá-lo a uma suposta radicalização, buscando esvaziar seu apoio, especialmente em um cenário sem Jair Bolsonaro na disputa. A rivalidade acirrou-se desde 2022, quando Rogério chegou a acionar a Justiça para impedir que Rocha usasse a imagem de Bolsonaro em sua campanha.

Além disso, críticas à sua atuação na CPI da Pandemia e o rótulo de “radical” disseminado por setores da mídia progressista são explorados por adversários para tentar afastar eleitores mais moderados.

Apesar dos ataques, Marcos Rogério mantém uma base sólida entre evangélicos e setores conservadores, amparado por uma trajetória coerente com os valores que defende desde o início da vida pública. Para alguns, sua força nas pesquisas reflete não só sua atuação legislativa, mas também a conexão direta com o eleitorado que o vê como representante legítimo dos princípios da direita e do bolsonarismo em Rondônia.

Por: Daniela Castelo Branco

Foto: Divulgação

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