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Análise Waack – Crise à vista: Sanções dos EUA colocam STF, Moraes e Brasil no centro de um embate internacional

 Relações entre Brasil e Estados Unidos ficam estremecidas com avanço das tensões sobre liberdade digital e censura.

Em mais uma análise sobre o cenário que envolve possíveis sanções do governo dos Estados Unidos que pode afetar o Judiciário brasileiro, o jornalista Willian Waack diz que uma decisão dos Estados Unidos acendeu um alerta vermelho em Brasília:  o governo americano anunciou sanções contra qualquer pessoa ou instituição que considere cúmplice de censura a cidadãos americanos. E, apesar do ministro Alexandre de Moraes estar no centro dos holofotes, a situação é muito maior, e muito mais grave.

Segundo opinião do jornalista, o alvo dos EUA não é apenas Moraes, mas sim todo um sistema que, segundo Washington, representa uma ameaça à liberdade de expressão na internet. Isso inclui o próprio Supremo Tribunal Federal (STF), o Ministério Público e até a proposta do governo brasileiro de criar regras para regular as redes sociais.

 O pano de fundo: tecnologia, ideologia e negócios

“Esse tipo de sanção, que pode envolver desde bloqueios financeiros até o cancelamento de vistos, não é exatamente uma novidade na diplomacia americana. Mas o tom ficou bem mais duro nos últimos anos, principalmente nas brigas entre as big techs e governos mundo afora, como na União Europeia e no Reino Unido”, pontua Waack.

O problema agora é que o embate deixou de ser só comercial ou econômico e ganhou um peso ideológico enorme. Para o atual governo dos EUA, democracias liberais estariam sendo dominadas por elites que, sob o pretexto de defender o sistema, estariam calando opositores e censurando conteúdos na internet.

 E onde entra o Brasil?

Na visão de Washington, ações como as do ministro Alexandre de Moraes, os inquéritos contra desinformação, fake news e até os julgamentos ligados ao 8 de janeiro se encaixam exatamente nesse modelo que eles criticam.

E a crise se agrava ainda mais com o fato de que um dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro está atualmente nos Estados Unidos, fazendo campanha ativa para pressionar autoridades contra as instituições brasileiras.

 Risco real: tensão diplomática no ar

A leitura de analistas é clara: o Brasil entrou de vez na linha de fogo de uma disputa global que mistura política, economia, soberania digital e liberdade de expressão. E o pior, não há qualquer sinal de que esse embate tenha um desfecho previsível.

O que já está claro é que as relações entre Brasil e Estados Unidos ficaram mais tensas. E, se os ânimos não se acalmarem, essa crise pode gerar impactos reais, não só para as autoridades, mas também para a diplomacia, para os negócios e para a própria estabilidade política do país.

 Cenas dos próximos capítulos: imprevisíveis.

Por: Daniela Castelo Branco

Foto: Divulgação

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