Brasil segura 0 a 0 contra o Equador e técnico italiano já tem lições valiosas para ajustar o time rumo à Copa do Mundo
A tão aguardada estreia de Carlo Ancelotti no comando da Seleção Brasileira aconteceu nesta quinta-feira (5), diante do Equador, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. O resultado? Um empate sem gols, longe de empolgar, mas suficiente para mostrar ao treinador italiano onde o calo aperta.
Foi um início morno, daqueles que não derrubam expectativas, mas também não inflam paixões. Um Brasil ainda em fase de testes e ajustes. Mas, mesmo sem brilho, a estreia de Ancelotti deixa importantes lições para os próximos passos da equipe.
Confira as seis principais lições da primeira partida de Ancelotti à frente da Seleção:
1. O trio de volantes não convenceu
A proposta de Ancelotti de escalar Casemiro, Bruno Guimarães e Gerson para dominar o meio-campo teve efeito contrário. Casemiro segurou bem a marcação, mas os outros dois não conseguiram conectar a defesa com o ataque. O time ficou preso, sem criatividade e com pouca chegada à frente.
2. Alexsandro: a surpresa positiva
Pouco conhecido do torcedor brasileiro, o zagueiro Alexsandro, do Lille, foi lançado como titular e se saiu muito bem. Seguro pelo alto, preciso nas interceptações e com postura firme, foi considerado o melhor em campo. Uma grata surpresa em uma posição que precisa urgentemente de renovação.
3. Defesa zerada: um alívio necessário
A Seleção tem a pior defesa entre os classificados da zona da Copa e sair de campo sem sofrer gols foi uma conquista. Ainda mais contra um adversário que costuma crescer jogando em casa. Com o setor defensivo arrumado, o ataque, já forte, pode render ainda mais.
4. Laterais ainda são um quebra-cabeça
A dor de cabeça segue nas duas laterais. Na esquerda, Alex Sandro já não entrega como antes, e nomes como Caio Henrique seguem sendo ignorados. Na direita, Vanderson foi um dos piores em campo. Atuação apagada na defesa e desperdício no ataque. Ancelotti precisa encontrar soluções urgentes para as beiradas do campo.
5. Richarlison não é mais o “9” de confiança
De volta à Seleção, Richarlison teve atuação apagada. Perdeu uma chance clara e pouco participou do jogo. Com pontas velozes como Vinicius Jr. e Raphinha, talvez o ideal seja buscar um centroavante que se encaixe melhor nesse modelo de jogo.
6. O “Neymar ideal” seria o reforço dos sonhos
A ausência de um camisa 10 foi sentida. Rodrygo, escalado para a função de criação, não deu conta. O time careceu de visão, passe decisivo e presença no meio. Se Neymar estiver saudável e com vontade, pode ser o diferencial que falta.
Próximo desafio: o Brasil volta a campo na terça-feira (10), contra o Paraguai, na Neo Química Arena, em São Paulo. Com os primeiros sinais dados por Ancelotti, a expectativa agora é por evolução e, claro, resultados.
Por: Daniela Castelo Branco
Foto: Divulgação