Crimes contra o patrimônio público se espalham por Porto Velho e acendem alerta sobre segurança e prejuízos à população.
Nem mesmo o prédio da Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE/RO) escapou da onda de furtos que vem afetando diversos espaços públicos de Porto Velho. Pela segunda vez, criminosos levaram os fios da iluminação externa do prédio, comprometendo o funcionamento do sistema e deixando mais um rastro de prejuízo ao patrimônio público.

Segundo trabalhadores que atuam na manutenção do local, cerca de 400 metros de fiação compõem todo o sistema de iluminação da parte externa da Assembleia. Uma parte significativa desse material foi levada durante a ação criminosa, que costuma ocorrer durante a madrugada, quando o movimento no entorno é quase nulo.
Além dos transtornos causados à própria instituição, o furto de cabos e fios é um problema que se espalha pela cidade. Locais tradicionais, como a Praça das Três Caixas D’água; um dos pontos turísticos mais conhecidos da capital, também vêm sendo alvo constante desse tipo de crime. Lá, o sistema de iluminação já foi comprometido três vezes pela ação dos criminosos.

Diante da recorrência, a Assembleia anunciou que está implantando um novo sistema de monitoramento, com o objetivo de coibir as ações e aumentar a segurança. A ideia é que, a partir de agora, quem tentar praticar esse tipo de furto corra maior risco de ser flagrado pelas câmeras e respondam pelos crimes.
Prática é crime!
O prejuízo, porém, não é apenas material. A prática impacta diretamente a população, que depende dos serviços públicos e da preservação dos espaços coletivos. Além disso, as penas para esse tipo de crime estão mais duras. O Código Penal foi alterado para aumentar a punição de quem furta ou compra materiais essenciais para serviços públicos, como cabos de energia e internet. A pena agora pode chegar a até oito anos de prisão, além de multa: principalmente se a ação comprometer o funcionamento de órgãos públicos ou serviços considerados essenciais.
O furto de cabos e fios, que muitas vezes são revendidos clandestinamente, não é só um crime contra o patrimônio, mas um ataque direto à cidade e à qualidade de vida dos cidadãos.
Por: Daniela Castelo Branco
Foto/Imagens: Rilmo Dantas