Senador e prefeito se reúnem no Planalto e destacam urgência de obras de macrodrenagem e infraestrutura na capital de Rondônia.
O senador Confúcio Moura (MDB) e o prefeito de Porto Velho, Léo Moraes (Podemos), participaram na quinta-feira (10) de uma audiência no Palácio do Planalto, em Brasília, com a secretária-executiva da Casa Civil, Míriam Belchior, para defender a liberação de recursos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O foco da reunião foram projetos prioritários para a capital rondoniense, especialmente as obras de macrodrenagem, essenciais para enfrentar os frequentes alagamentos e melhorar a qualidade de vida da população.
Confúcio, que já governou Rondônia e tem sido um dos principais interlocutores do estado em Brasília, destacou a urgência das intervenções. Ele lembrou que a topografia plana da cidade, somada ao alto lençol freático, torna o escoamento das águas pluviais mais difícil e agrava os impactos das chuvas.
“Porto Velho enfrenta desafios estruturais sérios que exigem soluções imediatas. As obras de macrodrenagem são essenciais para evitar prejuízos e transtornos à nossa população”, afirmou o senador em publicação no X (antigo Twitter).
O prefeito Léo Moraes, que assumiu a gestão municipal em 2025, também expressou otimismo com o encontro. Segundo ele, Porto Velho foi a segunda cidade do Brasil com maior número de projetos apresentados ao Novo PAC, o que reforça o compromisso da prefeitura com o planejamento e a busca por investimentos estruturantes.
“Estamos trabalhando para transformar a realidade da nossa capital. Com apoio do senador Confúcio e sensibilidade do governo federal, acreditamos que conseguiremos viabilizar obras que farão a diferença na vida das pessoas”, disse.
Novo PAC: oportunidades e desafios
Lançado em 2023 pelo governo Lula, o Novo PAC tem como meta acelerar obras nas áreas de infraestrutura, saúde, educação e habitação. No entanto, enfrentamentos no Congresso e dificuldades na execução vêm sendo registrados. Relatórios da imprensa nacional apontam que mais de 65% das obras do PAC 3 estão paralisadas, muitas por falta de repasses ou projetos incompletos.
A Casa Civil afirma que os projetos avançam em diferentes ritmos e que há empenho para acelerar as entregas. No caso de Rondônia, além da macrodrenagem, foram apresentados projetos que envolvem pavimentação, saneamento e infraestrutura rural. Com cerca de 550 mil habitantes, Porto Velho ainda enfrenta problemas crônicos de alagamentos, especialmente no período de chuvas.
Segundo estudos técnicos, a posição da cidade às margens do rio Madeira e o terreno de baixa declividade dificultam a drenagem natural, tornando indispensáveis obras estruturais para conter enchentes e proteger bairros inteiros.
Expectativa por liberação dos recursos
A audiência no Planalto é um passo decisivo, mas a liberação dos recursos ainda depende da análise técnica dos projetos e do cumprimento de etapas burocráticas. O senador Confúcio Moura acredita que a parceria entre o Legislativo e o Executivo será fundamental para acelerar os trâmites.
“Nosso papel é garantir que esses recursos saiam do papel. A população de Porto Velho não pode mais esperar”, afirmou ao G1 Rondônia.
Além disso, o governo federal deve lançar, em 2026, uma nova fase do PAC Seleções, voltada especialmente para obras de menor porte, como drenagem urbana. Isso pode favorecer municípios que já possuem projetos prontos, como é o caso de Porto Velho.
Compromisso com o desenvolvimento sustentável
Tanto o senador quanto o prefeito reforçaram que os investimentos em macrodrenagem não se limitam a conter alagamentos. As obras devem impactar diretamente a valorização imobiliária, a saúde pública: ao combater focos de doenças transmitidas pela água parada e a infraestrutura urbana como um todo.
“Estamos unindo forças para trazer desenvolvimento sustentável à nossa capital. O Novo PAC representa uma oportunidade que Rondônia não pode perder”, destacou Confúcio Moura em suas redes.
A população, por sua vez, aguarda que as promessas feitas na campanha e nas articulações em Brasília resultem, de fato, em obras concretas e melhorias visíveis no dia a dia de quem convive há décadas com os transtornos causados pelas chuvas.
Texto: Daniela Castelo Branco
Foto: Divulgação