Foi feita uma alusão a um novo orçamento secreto e a uma execução paralela de emendas.
A recente decisão do ministro Flávio Dino, gerou uma nova crise entre o governo e o Congresso Nacional. Dino determinou um prazo de dez dias úteis para que deputados e senadores se manifestem sobre um suposto orçamento secreto paralelo e o pagamento de emendas de Comissão no Ministério da Saúde. A medida provocou forte reação entre os parlamentares e levantou suspeitas de uma tentativa do governo de recuperar o controle sobre verbas que hoje estão nas mãos do Legislativo.
O presidente da Câmara, Hugo Motta, expressou descontentamento com a decisão do STF, alegando que a medida pode comprometer pautas econômicas essenciais e aumentar as tensões entre os poderes. Nos bastidores do Congresso, parlamentares avaliam possíveis retaliações, entre elas o atraso na votação do novo pacote de medidas econômicas, que já enfrenta resistência.
Além disso, deputados cogitam revisar a decisão sobre a prisão da deputada Carla Zambelli, tema que pode ser levado ao Plenário da Câmara. Outra possibilidade é a aceleração da votação do Marco Regulatório do Licenciamento Ambiental, que contraria interesses do governo.
Líderes partidários apontam um mal-estar crescente entre Executivo e Legislativo, com receios de que essa disputa possa travar a agenda de reformas e prejudicar o andamento de projetos estratégicos para o país. Com o prazo de dez dias imposto pelo STF, os próximos movimentos dos parlamentares serão decisivos para entender o impacto político e institucional da medida.
Texto: Redação
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