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Congresso intensifica investigações com foco em fraudes no INSS e crime organizado

Novas comissões de inquérito prometem expor esquemas e pressionar por mudanças na segurança pública e na proteção social.

O segundo semestre de 2025 será de lupa afiada no Congresso Nacional. Deputados e senadores se preparam para abrir duas frentes de investigação que prometem sacudir Brasília e repercutir na vida de milhões de brasileiros: a CPMI do INSS, que mira fraudes e descontos indevidos em aposentadorias e pensões, e a CPI do Crime Organizado, voltada para o avanço de facções e milícias pelo país. São temas que mexem diretamente com segurança pública, direitos sociais, bolso da população e que podem render mudanças legislativas de peso.

A CPMI do INSS nasce em meio à indignação de aposentados e pensionistas que tiveram valores descontados sem autorização entre 2019 e 2024. O rombo estimado passa de R$ 6,3 bilhões e levou o governo federal a iniciar a devolução de R$ 3,3 bilhões para 2,5 milhões de beneficiários. A comissão, formada por 32 titulares entre deputados e senadores, pretende ouvir autoridades, convocar envolvidos e entregar à sociedade respostas sobre como esse esquema perdurou por tantos anos.

No Senado, a CPI do Crime Organizado, proposta pelo senador Alessandro Vieira (MDB-SE), quer jogar luz sobre o crescimento das facções e milícias que já dominam territórios e atividades econômicas em vários estados. Relatórios recentes mostram aumento de crimes violentos em áreas controladas por esses grupos, em especial no Rio de Janeiro. A expectativa é que a comissão investigue o financiamento dessas organizações e proponha medidas para desmantelá-las.

Enquanto isso, outra comissão aguarda instalação: a CPI da Violência Doméstica, que deve abordar feminicídios e agressões contra mulheres, problema que segue alarmante e sem perspectiva de reversão.

O desafio, apontam analistas, será transformar as investigações em ações concretas. Experiências passadas mostram que CPIs podem revelar escândalos e mudar rumos, mas também correm o risco de naufragar em disputas políticas. O Congresso começa esse segundo semestre com a promessa de vigilância máxima, e a sociedade espera que, desta vez, o resultado vá além dos holofotes.

Texto: Daniela Castelo Branco

Foto: Divulgação

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