As primeiras missas servem para que os pontífices definam suas prioridades.
Durante sua primeira homilia (pregação religiosa), na Capela Sistina, na manhã desta sexta-feira (9), o Papa Leão XIV, fez questão de enfatizar a continuidade da missão missionária da Igreja Católica, em todos os cantos do mundo. Trabalho esse que remete ao legado de prioridades de seu antecessor, o Papa Francisco.
O novo líder da Igreja Católica lembrou que no cenário atual em que fiéis escarnecidos, desprezados e combatidos por testemunhar e vivenciar a fé religiosa, pregar o Evangelho não é uma missão fácil. “Exatamente por esse motivo, esse é o lugar onde a missão de evangelizar é extremamente necessária”, disse Leão XIV.
“A perda do sentido da vida é acompanhada pela falta de fé, por ausência da misericórdia na jornada da vida, pela violação da dignidade humana e por inúmeras feridas que a sociedade enfrenta”, continuou o seu discurso de forma emocionada ao lembrar os males que assolam a humanidade.
Convivendo com o Papa Francisco, Leão XIV pôde acompanhar a marca franciscana em benefício aos povos “periféricos” do globo, onde seu legado deixou marcas de exemplo de fé e fraternidade.
Seu trabalho missionário por mais de uma década na América Latina aliado a sua experiência religiosa ao longo dos anos, traz a confiança na vivência de fé do novo papa; eleito justamente por essa trajetória.
Outro fator que pesou para a escolha de seu nome para liderar o posto máximo da Igreja Católica foi sem dúvida, a expectativa da continuidade do legado de seu antecessor; pacificador, humilde e voltado aos menos valorizados. Mas há quem especula traços de “conservadorismo” em sua forma de pensar.
Assim como o papa Francisco, que visitou por diversas vezes países que nunca tinham recebido um papa em seu território, Leão XIV também segue a mesma trajetória; é conhecido por seu trabalho missionário realizado por anos no Peru.
Leão XIV mostra em sua primeira missa que a herança deixada por seu amigo e antecessor, o papa Francisco, segue enraizada em seu espírito missionário, gerando nos fiéis a ideia de que a Igreja Católica seguirá fortalecendo a missão de espalhar o Evangelho nos quatro cantos do mundo.
Por: Daniela Castelo Branco
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