Governo busca isolar oposição enquanto corre por solução à crise na instituição.
A Polícia Federal encontrou cadernos com anotações à mão que sugerem que o ex-presidente do Instituto Nacional de Seguridade Social, Alessandro Stefanutto, e o procurador-geral do órgão afastado Virgílio Antônio, teriam recebido propina no esquema de descontos mensais de aposentados e pensionistas.
As apreensões foram realizadas em uma empresa de Antônio Carlos Camilo, apontado como lobista e chamado de careca do INSS pela PF. As anotações mostrariam o percentual de 5% ao lado do nome “Staf” e também de “Virgílio”, que, segundo agentes da investigação, seriam indicativos de repasses financeiros.
O governo enfrenta agora, um desafio complexo para ressarcir milhões de vítimas do INSS. O presidente Lula tem pressa e quer que o pagamento aconteça o mais rápido possível. A dúvida é, de onde virá o dinheiro abre o debate, dada a situação fiscal do país.
O governo busca isolar a oposição nas tentativas do grupo de emplacar comissões no congresso para investigar as fraudes no INSS, enquanto corre por uma solução para a crise previdenciária.
O presidente da Câmara, Hugo Motta reforçou a existência de uma fila de pedidos de comissões parlamentares de inquérito na casa e ainda não se comprometeu com a instalação de uma CPI sobre a crise do instituto. Segundo Hugo, menos 12 pedidos de CPIS já foram protocolados e estão à espera de algum encaminhamento.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, tem sinalizado resistência à ideia de instalar uma comissão parlamentar mista de inquérito, Alcolumbre tem se colocado aberto ao diálogo e ainda se reunirá com representantes da oposição para falar sobre o assunto, visto que estará viajando pela terceira vez com o presidente Lula.
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Por: Redação
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