Apresentador questiona futuro de Ancelotti, critica desgoverno na entidade e lamenta crise institucional na casa do futebol
Ícone da narração esportiva brasileira, Galvão Bueno usou as redes sociais para abrir o coração nesta quinta-feira (15), após a decisão judicial que afastou Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Em um vídeo direto e emocionado, Galvão falou sobre a incerteza no comando da entidade e expressou profunda preocupação com os rumos do futebol brasileiro.
“Se o Ednaldo cair, o Ancelotti vem?”, questionou. A dúvida, lançada por ele dias antes no programa Galvão e Amigos, agora ganha ainda mais força diante da crise que se abate sobre a confederação.
Em tom indignado e visivelmente frustrado, Galvão levantou um ponto delicado: a instabilidade institucional pode colocar em risco o tão aguardado acerto com o técnico Carlo Ancelotti, cotado para assumir a Seleção Brasileira. “Será que ele vai querer vir? Será que o presidente vai conseguir honrar o contrato?”, perguntou.
A insegurança, segundo o narrador, não é apenas sobre quem vai assumir a presidência ou quem vai comandar a Seleção, é sobre a falta de confiança, de organização, de dignidade no futebol nacional.
“Eu não sei responder. O que eu sei é que o futebol brasileiro não merecia tantos escândalos, tanto desgoverno. Muito triste para o futebol pentacampeão do mundo.”
O desabafo de Galvão ecoa entre torcedores, profissionais do esporte e amantes do futebol. Em um país onde a bola já foi símbolo de identidade, de paixão e de orgulho nacional, ver a CBF mergulhada em incertezas e disputas jurídicas gera não só indignação, mas também um certo cansaço.
Mais do que um nome, mais do que um cargo, o que está em jogo é o futuro da Seleção Brasileira e, com ela, o sonho de um povo inteiro. E como Galvão já tantas vezes narrou em campo, esse é o tipo de jogo que só se vence com seriedade, comando e respeito pela história que o futebol brasileiro carrega no peito.
Por: Daniela Castelo Branco
Foto: Arquivo