Home / Politica / Governo pressiona Congresso por medidas fiscais como alternativa ao aumento do IOF

Governo pressiona Congresso por medidas fiscais como alternativa ao aumento do IOF

Na mesa estão revisão de benefícios, corte de supersalários e idade mínima para militares

Diante da forte resistência ao aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer que o Congresso Nacional destrave a votação de projetos que podem gerar alívio fiscal já a partir de 2025.

A expectativa é de que o Ministério da Fazenda bata o martelo sobre o tema na próxima semana. Nos bastidores, o governo estuda outras fontes de arrecadação, como a taxação de apostas online e de criptomoedas, mas reconhece que o impacto dessas medidas é bem menor do que o que seria obtido com o aumento do IOF:  que poderia render até R$ 18 bilhões no ano que vem.

Por isso, o recado do Palácio do Planalto é claro: se o IOF não avançar, o Congresso precisará fazer sua parte aprovando pautas econômicas há anos paradas, mas consideradas essenciais para o equilíbrio das contas públicas.

 Propostas na mira

Entre as prioridades do governo estão:

            •         O fim dos supersalários no serviço público, projeto que está no Senado e poderia gerar uma economia de R$ 3,8 bilhões por ano;

            •         A aprovação da idade mínima para militares irem para a reserva, proposta em tramitação na Câmara, com impacto de R$ 2 bilhões anuais.

Somadas, essas duas medidas poderiam trazer um alívio de quase R$ 6 bilhões ao caixa da União.

Outra frente defendida pela equipe econômica é a revisão de benefícios fiscais concedidos a determinados setores produtivos. O tema já foi citado, inclusive, pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), como alternativa para fortalecer o equilíbrio fiscal sem recorrer ao aumento de impostos.

 Poupando os mais pobres

Nos bastidores, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem reafirmado que qualquer solução para aumentar a arrecadação não passará pela redução de benefícios sociais, nem pela desindexação do salário mínimo nas aposentadorias da Previdência:  proposta que chegou a circular, mas foi prontamente descartada.

Enquanto tenta acalmar a resistência de parlamentares e setores econômicos, o presidente Lula acenou positivamente para o diálogo com o Congresso. No domingo (1º), elogiou publicamente Hugo Motta, afirmando que o presidente da Câmara é um “político de diálogo”, sinalizando que a negociação ainda está aberta.

Por: Daniela Castelo Branco

Foto: Divulgação/Focus Brasil

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *