Equipe econômica apresenta hoje a Lula um conjunto de medidas para substituir o aumento do imposto, sem contar com receitas do setor petrolífero
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (3) que o plano alternativo para substituir o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) não incluirá receitas extras provenientes do setor de petróleo.
A possibilidade chegou a ser levantada após o Ministério de Minas e Energia apresentar um pacote de R$ 35 bilhões a R$ 40 bilhões em receitas adicionais até 2026, oriundas da exploração de petróleo. No entanto, segundo Haddad, parte desses recursos já está sendo utilizada para ajudar a cumprir a meta fiscal de 2025.
“Pelo menos metade desse valor já está contabilizada para este ano, para fecharmos a meta fiscal, que vamos manter, assim como fizemos no ano passado”, explicou o ministro.
Encontro com Lula define próximos passos
Haddad confirmou que o presidente Lula irá se reunir com a equipe econômica ainda nesta terça-feira, antes de embarcar para a França, para avaliar o novo pacote de medidas que foi elaborado como alternativa à elevação do IOF. As propostas foram alinhadas com parlamentares nos últimos dias e devem ser anunciadas após a reunião.
Entre os instrumentos previstos estão uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), um projeto de lei “relativamente amplo” e, possivelmente, uma medida provisória para temas que precisam ter efeito imediato.
O governo busca uma solução que fortaleça o caixa da União sem sobrecarregar diretamente a população com aumento de impostos, mantendo o compromisso com a responsabilidade fiscal.
Por: Daniela Castelo Branco
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