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Indiciamento da PF vira obstáculo para candidatura de Carlos Bolsonaro ao Senado por SC

Investigação sobre a “Abin paralela” alimenta críticas internas no PL e pode dificultar projeto político do filho do ex-presidente.

O indiciamento do vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) pela Polícia Federal (PF) na investigação sobre o uso ilegal da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) virou mais um obstáculo para sua planejada candidatura ao Senado por Santa Catarina nas eleições de 2026.

Cotado para disputar uma das vagas ao Senado com apoio direto do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Carlos já vinha enfrentando resistência dentro do próprio PL catarinense. Deputados federais do estado criticam a possível candidatura alegando que o vereador não conhece as demandas locais e que a escolha teria motivação estritamente familiar e política.

A tensão aumentou depois que o indiciamento de Carlos passou a ser usado como argumento por lideranças do PL em Santa Catarina para tentar convencer Bolsonaro a desistir da ideia de lançar o filho na disputa pelo estado.

O atual desenho político previa uma vaga ao Senado para Carlos Bolsonaro e outra para um partido aliado da base governista, como o PP, dentro de um acordo costurado com o governador Jorginho Mello (PL).

Indiciamento na “Abin paralela”

Carlos Bolsonaro foi incluído no relatório da PF enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (17), que aponta sua suposta participação no esquema de monitoramento ilegal de autoridades, jornalistas e ministros do próprio STF durante o governo Bolsonaro.

Além de Carlos, também foram indiciados o ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin. A investigação apura o uso irregular de ferramentas de espionagem, com destaque para o sistema israelense FirstMile.

Nas redes sociais, Carlos Bolsonaro ironizou o indiciamento e relacionou o caso às eleições de 2026: “Creio que os senhores já sabem: eleições em 2026? Acho que não! É só coincidência!”, publicou o vereador.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) ainda vai analisar o relatório da PF para decidir se oferece denúncia formal ao STF.

Texto: Daniela Castelo Branco

Foto: Divulgação

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