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IOF mais alto: veja o que muda no cartão de crédito internacional

Alíquota sobe de 3,38% para 3,5% nas compras no exterior; veja outros impactos do pacote econômico

Se você costuma usar cartão de crédito ou débito internacional para compras no exterior, seja em viagens ou na internet, prepare o bolso. O governo federal aumentou a alíquota do IOF, que subiu de 3,38% para 3,5%.

O ajuste faz parte do pacote econômico anunciado na última quinta-feira (22) pelo Ministério da Fazenda, que busca reforçar a arrecadação e cumprir a meta de déficit zero em 2025.

Antes desse anúncio, a alíquota estava em processo de redução gradual, com previsão de zerar até 2028. Agora, além de interromper essa redução, o governo ainda subiu a taxa.

 O que isso significa na prática?

            •          A cada R$ 1.000 em compras no exterior, o IOF subiu de R$ 33,80 para R$ 35,00.

            •          O aumento vale para:

✔️ Cartões de crédito e débito internacionais

✔️ Cartões de viagem pré-pagos

✔️ Compra de moeda estrangeira em espécie

✔️ Empréstimos externos de curto prazo

 Por que o governo fez isso?

O Ministério da Fazenda justifica que a medida busca:

* Uniformizar alíquotas sobre operações cambiais

* Evitar distorções no sistema tributário

* Aumentar a arrecadação, estimada em R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026

 Teve recuo? Sim, parcial.

Após críticas do mercado, o governo desistiu de aumentar o IOF sobre:

            •          Investimentos de fundos nacionais no exterior, que continuariam com alíquota zero

            •          Envio de dinheiro por pessoas físicas para investimentos fora do país, que segue com IOF de 1,1%, sem alteração

 Outras medidas do pacote econômico:

            •          Congelamento de R$ 31,3 bilhões no orçamento de 2025 (R$ 10,6 bilhões em bloqueios temporários e R$ 20,7 bilhões em contingenciamentos)

            •          IOF de 5% sobre aportes mensais acima de R$ 50 mil em seguros de vida com cobertura por sobrevivência

            •          Tributação maior para cooperativas de crédito com operações acima de R$ 100 milhões anuais, que passam a ter regras iguais às empresas comuns

            •          Aumento do IOF em empréstimos e financiamentos para empresas, inclusive do Simples Nacional

 O que continua isento ou com IOF zero:

            •          Importação e exportação

            •          Remessa de dividendos e juros para investidores estrangeiros

            •          Cartões de entidades públicas e diplomáticas

            •          Transporte aéreo internacional

            •          Doações ambientais internacionais

            •          Operações interbancárias

            •          Financiamentos externos de longo prazo

Por: Daniela Castelo Branco

Foto: Divulgação

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