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Julgamento de extradição de foragidos do 8 de Janeiro é adiado de novo a pedido da AGU

Advocacia-Geral da União quer reforçar representação jurídica do Brasil em audiência na Argentina, agora remarcada para julho

O julgamento de extradição dos cinco brasileiros condenados pelos ataques de 8 de janeiro, que estão presos na Argentina, foi novamente adiado. A nova data ficou para o dia 8 de julho, após um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), que solicitou ter uma equipe própria de advogados participando da audiência.

A sessão, que será conduzida pelo juiz federal argentino Daniel Rafecas, estava marcada para a próxima terça-feira (24). Mas, com a solicitação feita pela AGU, o tribunal decidiu reagendar o processo.

Até então, a representação do Brasil na audiência vinha sendo feita exclusivamente pelo promotor argentino Carlos Rívolo. Agora, a AGU indicou formalmente uma equipe jurídica para acompanhar o caso de perto e reforçar os argumentos do governo brasileiro pela extradição.

Quem são os foragidos

Os cinco brasileiros envolvidos no processo são Joelton Gusmão de Oliveira, Rodrigo de Freitas Moro Ramalho, Joel Borges Correa, Wellington Luiz Firmino e Ana Paula de Souza. Eles foram condenados a penas que variam entre 13 e 17 anos de prisão, por participação nos atos que resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília.

Após a condenação, o grupo fugiu para a Argentina e, ao serem localizados, solicitou refúgio no país vizinho. Eles estão presos desde o final do ano passado, após o juiz Daniel Rafecas expedir o mandado de prisão a pedido do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segunda mudança de data

Esta já é a segunda vez que o julgamento de extradição é adiado. Inicialmente, a audiência estava prevista para acontecer em 18 de junho. Porém, na mesma data, a ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner tinha uma audiência marcada no mesmo prédio do tribunal federal, o que levou ao primeiro reagendamento.

Agora, com o novo pedido vindo diretamente do Brasil, o processo só deve avançar em julho. Até lá, os cinco foragidos continuam presos na Argentina, aguardando a definição do futuro jurídico deles.

A expectativa é que o julgamento seja decisivo para o andamento dos processos relacionados aos ataques de 8 de janeiro, que seguem gerando desdobramentos políticos e jurídicos tanto no Brasil quanto no exterior.

Texto: Daniela Castelo Branco

Foto: Divulgação//Reuters

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