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Lei Magnitsky: EUA preparam sanções contra Brasil e alvo inclui ministros, embaixadora e instituições financeiras

Conflto diplomático pode levar ao congelamento de bens, bloqueio bancário e isolamento de autoridades brasileiras acusadas de violar direitos humanos.

Um novo impasse diplomático entre Brasil e Estados Unidos se desenha com risco de escalada sem precedentes. A administração Trump estuda aplicar sanções pesadas contra autoridades brasileiras, especialmente ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), com base na Lei Magnitsky, instrumento americano que permite penalidades por corrupção ou violações de direitos humanos.

Principais pontos e alvos da medida

  • Documentos oficiais indicam que cortes do STF, como Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Luiz Roberto Barroso, Edson Fachin, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Dias Toffoli, podem ter vistos revogados e bens congelados sob jurisdição dos EUA.
  • Pessoas próximas ao governo Lula também podem ser afetadas, embora presidentes Lula e a primeira-dama Janja ainda não estejam na lista.
  • O caso mais extremo mencionado é o descredenciamento da embaixadora brasileira em Washington, indicando possível rompimento diplomático formal.

Consequências para bancos e empresas brasileiras

  • A aplicação da Magnitsky permite a congelamento de ativos e banimento de transações com o sistema financeiro americano, incluindo bancos que usam contas correspondentes nos EUA ou participam da rede SWIFT.
  • O risco se estende às sanções secundárias, segundo as quais qualquer instituição que mantenha relacionamento com os sancionados corre o risco de perder acesso ao sistema financeiro dos EUA ou ser responsabilizada legalmente por empresas americanas.
  • Tecnologias norte-americanas como Google, Gmail, YouTube e demais serviços podem ser obrigadas a bloquear contas associadas aos sancionados, inclusive usadas no Brasil.

Contexto político e diplomático

  • A pressão por sanções surge após o STF autorizar investigações contra Bolsonaro e aliados ligados à tentativa de golpe de Estado em janeiro de 2023: tema que provocou crítica feroz de aliados de Bolsonaro nos EUA, como seu filho Eduardo, que lidera lobby no Congresso americano pela aplicação da lei.
  • O secretário de Estado Marco Rubio afirmou em audiência no Congresso que a aplicação da Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes “está em análise e é altamente provável”.
  • O presidente Lula reagiu à ameaça classificando-a como uma interferência inaceitável na soberania brasileira, reforçando que decisões do STF são independentes e baseadas na lei e na Constituição.

Riscos e panorama futuro

  • Se implementadas, as sanções da Lei Magnitsky podem representar um corte severo na diplomacia bilateral, afetando fluxo de capital, intercâmbio jurídico e confiança institucional.
  • Bancos e empresas brasileiras podem ser forçados a rever operações em dólar, estabelecer compliance rigoroso ou até perder acesso ao mercado americano caso mantenham vínculos com indivíduos sancionados.
  • Especialistas alertam que governos como Reino Unido, Canadá e União Europeia tendem a seguir o exemplo dos EUA, o que ampliaria ainda mais o isolamento internacional dos alvos.

O que está por vir

O Brasil está em ofensiva diplomática para evitar que as sanções avancem, enquanto analistas projetam que o governo pode responder com medidas retaliatórias; incluindo sanções próprias e revisão de acordos de cooperação, caso haja ação dos EUA. A magnitude desse confronto pode redefinir a relação geopolítica entre os países e reconfigurar o ambiente jurídico, econômico e diplomático na América Latina.

Texto: Daniela Castelo Branco

Foto: Divulgação

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