Humorista afirma que jamais brincaria com o falecimento da cantora e lamenta repercussão negativa nas redes.
O humorista Leo Lins se manifestou neste domingo (27) após ser acusado nas redes sociais de ter feito piadas envolvendo a morte de Preta Gil. Em vídeo publicado online, ele negou que tenha zombado do falecimento da artista, ocorrido há oito dias, e afirmou que o conteúdo que circula atualmente foi retirado de contexto.
“Essa semana, nós tivemos a perda da Preta Gil. Uma figura conhecida da música, dos blocos de carnaval, programas de televisão e, no meu caso, dos tribunais”, iniciou Lins. Ele admitiu ter sido processado por Preta em razão de piadas feitas anos atrás, mas disse nunca ter tido desavenças pessoais com a cantora.
Segundo o humorista, a última vez que fez piadas sobre ela foi há dois anos, quando a cantora anunciou que começaria o tratamento contra o câncer no intestino. Ele afirmou ainda ter enviado uma mensagem privada a Preta Gil na época, demonstrando apoio.
Lins afirmou que pensou em publicar uma homenagem à cantora após sua morte, mas desistiu temendo ser mal interpretado: “Poderiam achar que eu estava tentando limpar minha imagem”. No entanto, diante da repercussão negativa de uma matéria publicada no mês passado; que, segundo ele, usou piadas antigas de maneira desonesta, decidiu se posicionar.
“Eu nunca disse nem fiz piadas sobre a morte dela”, garantiu. Ele encerrou o vídeo com uma provocação típica de seu estilo, direcionada aos críticos:
“Fiquem tranquilos. A Preta Gil não vai mais me encontrar nem ouvir minhas piadas, porque ela está no céu e eu vou pro inferno.”
Condenação judicial
Em junho deste ano, Leo Lins foi condenado a 8 anos e 3 meses de reclusão em regime fechado, além de multa, por discriminação e preconceito contra diversos grupos. A Justiça Federal entendeu que piadas feitas por ele, mesmo em contexto artístico, violaram direitos fundamentais, ultrapassando os limites da liberdade de expressão.
A sentença citou declarações ofensivas a nordestinos, pessoas com deficiência, indígenas, entre outros, como agravantes. A defesa de Lins tem sustentado que ele interpreta um personagem no palco, mas a Justiça considerou que o conteúdo veiculado promoveu discurso de ódio.
Apesar da condenação, o humorista segue recorrendo da decisão e continua fazendo apresentações pelo país.
Texto: Daniela Castelo Branco
Foto: Divulgação