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Lula embarca para a França e diz que vai cobrar Macron sobre “massacre” em Gaza 

Presidente reforça críticas a Israel, volta a falar em genocídio e promete discutir o conflito com líder francês. 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarca na noite desta terça-feira (3) para uma visita de Estado à França e já adiantou que um dos temas na mesa será o conflito no Oriente Médio. Lula classificou novamente os ataques de Israel à Faixa de Gaza como “massacre” e “genocídio” e afirmou que levará essa preocupação diretamente ao presidente francês, Emmanuel Macron. 

“Vou à França, vou me reunir com o presidente Macron e discutir assuntos de interesse global. Certamente vamos falar sobre a guerra da Rússia e da Ucrânia, sobre o massacre do exército de Israel contra a Faixa de Gaza e também sobre o Acordo União Europeia-Mercosul, além de temas na área da defesa”, disse Lula a jornalistas. 

O presidente também rebateu críticas de que suas declarações seriam antissemitas. Segundo ele, é preciso parar com o que chamou de “vitimismo”. 

“Precisa parar com esse vitimismo. O que está acontecendo na Faixa de Gaza é um genocídio. É a morte de mulheres e crianças que não estão em guerra. Não dá, como ser humano, pra aceitar isso como se fosse uma guerra normal”, disparou. 

Lula foi além e citou a história do povo judeu para criticar a condução do governo de Israel no conflito. “É exatamente por conta do que o povo judeu sofreu que o governo de Israel deveria ter bom senso no trato com o povo palestino. Só haverá paz quando houver consciência de que o povo palestino tem direito à sua terra”, afirmou. 

Críticas também vieram do Itamaraty 

O tom duro de Lula ecoa também no Itamaraty. O Ministério das Relações Exteriores condenou a situação na Faixa de Gaza e reagiu “nos mais fortes termos” ao anúncio de que Israel aprovou 22 novos assentamentos na Cisjordânia, o que é considerado ilegal à luz do direito internacional. 

“O Brasil repudia as recorrentes medidas unilaterais tomadas pelo governo israelense, que, ao imporem situação equivalente à anexação do território palestino ocupado, comprometem a implementação da solução de dois Estados”, diz a nota oficial. 

No último domingo (1º), durante um evento do PSB, Lula também já havia endurecido o tom, dizendo que a ofensiva israelense era “uma vingança contra a possibilidade da criação do Estado Palestino” e que, por trás do massacre em busca do Hamas, “o que existe é a ideia de assumir a responsabilidade e ser dono do território de Gaza”. 

Por: Daniela Castelo Branco

Foto: Divulgação

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