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“Mais de 60 socos”: ex-jogador espanca namorada em elevador e alega surto de claustrofobia

Caso envolvendo Igor Cabral, ex-atleta da seleção brasileira de basquete, é investigado como tentativa de feminicídio.

Um vídeo devastador escancarou mais uma triste realidade da violência contra a mulher no Brasil. Dentro de um elevador em Natal (RN), a jovem Juliana Garcia dos Santos, de 26 anos, foi brutalmente agredida com mais de 60 socos no rosto pelo ex-jogador da seleção brasileira de basquete 3×3, Igor Eduardo Pereira Cabral, de 29 anos. As imagens das câmeras de segurança são perturbadoras: em questão de segundos, Juliana é encurralada, espancada e deixada com o rosto desfigurado.

A agressão, que chocou o país pela frieza e intensidade, ocorreu no último fim de semana. Preso em flagrante, Igor alegou à polícia que teve um “surto claustrofóbico” e que reagiu após um desentendimento com a namorada, que, segundo ele, não teria aberto o portão e o xingado. No depoimento, afirmou ainda que sofre de claustrofobia e justificou a violência com o fato de Juliana ter rasgado sua camisa.

Nada justifica o que se viu nas imagens. Nada justifica mais de 60 golpes no rosto de uma mulher indefesa. A vítima precisou ser socorrida por vizinhos e encaminhada ao Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, com ferimentos graves e visíveis sequelas físicas e emocionais.

O caso está sendo investigado como tentativa de feminicídio, crime tipificado no Código Penal e que representa o grau máximo da violência de gênero. A prisão em flagrante de Igor Cabral foi convertida em prisão preventiva, e o ex-atleta já desativou suas redes sociais após a repercussão.

Com histórico na seleção brasileira e participação em torneios internacionais, Igor era conhecido no mundo do basquete 3×3. Agora, seu nome está ligado a uma página vergonhosa que expõe, mais uma vez, como o machismo e a violência seguem ferindo e matando mulheres no Brasil.

Que este caso não seja apenas mais uma manchete esquecida. Que Juliana seja amparada, protegida e ouvida. E que a Justiça faça o seu papel.

O vídeo de extrema violência repercutiu nas redes sociais

Texto: Daniela Castelo Branco

Foto: Divulgação/Instagram

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