Sete deputados deixam seus cargos por decisão do STF, provocando mudanças significativas nas bancadas partidárias e refletindo o impacto das novas regras eleitorais.
Quando um mandato parlamentar é perdido, não se trata apenas de uma vaga a ser preenchida; são histórias de pessoas, votos e representatividade que se transformam. Nesta quarta-feira (30), a Câmara dos Deputados viveu uma dessas mudanças que revelam como a política é viva, dinâmica e profundamente conectada às decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).
A Mesa Diretora da Câmara, sob o comando de Hugo Motta (Republicanos-PB), oficializou a perda de mandato de sete deputados, cumprindo a determinação do STF sobre as “sobras eleitorais”: um tema que mexe diretamente com o equilíbrio do poder e a voz de cada partido dentro da Casa. Essa decisão, que entrou em vigor para a legislatura atual, provoca uma reorganização que altera o tamanho das bancadas e, consequentemente, a influência política de cada agremiação.
Para se ter uma ideia do impacto, o Partido Liberal (PL), que antes tinha 89 deputados, viu sua bancada diminuir para 87. Já o PDT, por outro lado, ganhou mais espaço, ampliando sua representação em um deputado. São mudanças aparentemente numéricas, mas que reverberam na dinâmica das decisões, na composição das comissões e no peso das pautas defendidas.
Confira como ficaram as bancadas após a mudança:
- PL: 87 deputados (antes, 89)
- PT: 67
- União Brasil: 59 (antes, 60)
- PP: 52 (antes, 51)
- PSD: 45
- Republicanos: 43 (antes, 44)
- MDB: 43 (antes, 44)
- PDT: 16 (antes, 17)
- PSB: 16 (antes, 15)
- Podemos: 17 (antes, 15)
- PSOL: 14 (antes, 13)
- PSDB: 13
- PCdoB: 9 (antes, 8)
- Avante: 8
- Solidariedade: 5
- PRD: 5
- Novo: 5
- PV: 4
- Cidadania: 4
- REDE: 1
Os deputados que perderam seus mandatos são:
- Silvia Waiãpi (PL-AP)
- Sonize Barbosa (PL-AP)
- Professora Goreth (PDT-AP)
- Augusto Puppio (MDB-AP)
- Lázaro Botelho (PP-TO)
- Gilvan Máximo (Republicanos-DF)
- Lebrão (União-RO)
Em contrapartida, assumem agora os lugares:
- Paulo Lemos (PSOL-AP)
- André Abdon (Progressistas-AP)
- Rodrigo Rollemberg (PSB-DF)
- Aline Gurgel (Republicanos-AP)
- Tiago Dimas (Podemos-TO)
- Rafael Fera (Podemos-RO)
- Professora Marcivania (PCdoB-AP)
Mais do que uma simples troca, essa movimentação revela o funcionamento da nossa democracia e como decisões judiciais podem impactar a representação do povo. É fundamental acompanhar essas mudanças para entender quem realmente está atuando em nome da população e como o equilíbrio político pode ser redefinido a cada passo. Afinal, cada cadeira na Câmara representa uma voz; e cada voz tem o poder de construir o futuro do país.
Texto: Daniela Castelo Branco
Foto: Divulgação