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Moraes manda ao STF inquérito sobre vazamento de mensagens de ex-assessor

Decisão atende a pedido da PGR, que vê conexão entre o caso e outras investigações já sob responsabilidade da Corte.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que um inquérito em andamento na 1ª Vara de Caieiras, no interior de São Paulo, seja remetido à Suprema Corte. A decisão, assinada na última terça-feira (14), acolhe um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que apontou conexão direta entre os fatos investigados e outros casos já em análise no STF.

O inquérito trata do vazamento de mensagens trocadas por ex-funcionários do Supremo, entre eles Eduardo de Oliveira Tagliaferro, ex-assessor especial de Moraes. Em seu despacho, o ministro foi direto: “Considerando a evidente conexão entre as investigações, acolho a manifestação da Procuradoria-Geral da República e determino ao Juízo da 1ª Vara da Comarca de Caieiras/SP que encaminhe a esta Suprema Corte, no prazo de cinco dias, os autos do Inquérito Policial nº 1500136-22.2025.8.26.0106”.

A medida transfere a condução do caso da Polícia Civil de São Paulo para o Supremo Tribunal Federal.

O que está sendo investigado?


A investigação teve início a partir do vazamento de conversas em aplicativos de mensagens. Segundo a apuração, Tagliaferro teria solicitado ao policial civil Leandro Bizarro Bjorklund que fizesse “pesquisas” sobre determinadas pessoas; algo que, em depoimento, ele afirmou ter feito a pedido do então presidente do TSE, Alexandre de Moraes, e do capitão Wellington Macedo, chefe da equipe de segurança do ministro à época.

As mensagens, que acabaram vazando, envolvem temas sensíveis e alimentam suspeitas sobre a utilização indevida da estrutura policial para fins não oficiais.

Fragmentação dos inquéritos


Embora este inquérito tenha sido avocado pelo Supremo, outro processo relacionado, que trata especificamente da apreensão do celular de Tagliaferro, permanece em trâmite na Justiça de primeira instância, sem interferência do STF.

A movimentação reacende o debate sobre os limites da atuação de assessores, o uso de recursos públicos para fins pessoais e o equilíbrio entre os Poderes; temas que, mais uma vez, colocam os holofotes sobre o Judiciário.

Por: Daniela Castelo Branco

Foto: Divulgação

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