Ministro autoriza prisão em flagrante em caso de resistência; Ibaneis intermediou saída pacífica dos parlamentares.
A Praça dos Três Poderes voltou a ser palco de tensão em Brasília. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a retirada imediata de parlamentares bolsonaristas que realizavam um protesto simbólico em frente à Corte. A decisão incluiu autorização para prisão em flagrante caso houvesse resistência.
Entre os deputados citados na decisão estão Hélio Lopes (PL-RJ), Coronel Chrisóstomo (PL-RO), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Cabo Gilberto Silva (PL-PB) e Rodrigo da Zaeli (PL-MT). O protesto era uma reação às medidas judiciais envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Hélio Lopes montou uma barraca no local e iniciou uma greve de silêncio, com uma fita branca na boca. Chrisóstomo se juntou ao ato e o classificou como “pacífico e simbólico”. No entanto, o gesto virou alvo de críticas e memes nas redes sociais, especialmente contra o parlamentar rondoniense, que até agora não se pronunciou oficialmente.
A confusão aumentou quando deputados mencionados negaram presença no protesto. Sóstenes afirmou estar no Rio de Janeiro e acusou o STF de erro grave. Cabo Gilberto disse estar na Paraíba e também contestou a decisão judicial.
Durante a madrugada, a Polícia Militar cercou a Praça dos Três Poderes. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), foi pessoalmente ao local e afirmou que negociou uma saída pacífica com os parlamentares. Segundo ele, não houve resistência por parte dos envolvidos.
Além da retirada, Moraes determinou que nenhum novo acampamento será permitido na região, classificada como área de segurança institucional.
Texto: Daniela Castelo Branco
Foto: Divulgação
