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Moraes perde a paciência em depoimento e ironiza: “Secretário de Segurança é rainha da Inglaterra?”

Ministro do STF reagiu com sarcasmo à tentativa de defesa de Anderson Torres de minimizar sua responsabilidade sobre a Polícia Militar do DF durante os atos de 8 de janeiro.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), protagonizou um momento de tensão e também de ironia, durante uma audiência que ouviu uma testemunha de defesa do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, investigado pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

O episódio ocorreu quando Rosivan Correia de Souza, servidor da Secretaria de Segurança Pública do DF, tentou sustentar que o então secretário não teria poder de mando sobre a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Segundo ele, o Comando-Geral da PMDF estaria apenas “vinculado”, e não subordinado, à secretaria.

A justificativa soou, no mínimo, estranha aos ouvidos do ministro. E a resposta veio carregada de sarcasmo:

— “O secretário de Segurança é uma rainha da Inglaterra aqui?”, disparou Moraes, visivelmente irritado.

A comparação não veio à toa. Ao rebater o argumento da defesa, Moraes foi direto ao ponto:

— “Eu fui secretário de Segurança. Há subordinação total. O secretário de Segurança comanda a Polícia Militar e a Polícia Civil. Dizer o contrário é como afirmar que o presidente da República não é comandante-chefe das Forças Armadas.”

Apesar do tom cortante, a defesa insistiu na tese de que o vínculo seria meramente administrativo, apoiada no organograma do governo do DF. O ministro, no entanto, não comprou essa narrativa.

O depoimento faz parte do processo que investiga se houve omissão das autoridades locais na contenção dos atos que culminaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília. E, ao que tudo indica, Moraes deixou claro que, na sua visão, a tentativa de descolar Anderson Torres da responsabilidade não se sustenta.

Por: Daniela Castelo Branco

Foto: Divulgação

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