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Nos bastidores, cresce pressão para Sérgio Gonçalves escolher o TCE e não o governo de Rondônia

Movimento garantiria estabilidade política, blindaria Marcos Rocha e evitaria repetir erros históricos na direita rondoniense.

Faltando pouco mais de um ano para as eleições, Rondônia já vive um clima de jogo de poder político. E no centro desse tabuleiro está o vice-governador Sérgio Gonçalves (União Brasil), dividido entre uma possível candidatura ao governo ou uma indicação ao Tribunal de Contas do Estado (TCE). Embora a corrida eleitoral seduza, a saída institucional parece, de longe, a jogada mais inteligente: tanto para ele quanto para o governador Marcos Rocha.

É o que vem se desenhando nos bastidores: Sérgio simplesmente não decola nas pesquisas. Na mais recente do Instituto Paraná, amarga entre 2,6% e 3,5% nas intenções de voto: muito atrás de nomes como Marcos Rogério (27,2%), Ivo Cassol (26,5%) e Adaílton Fúria (18%). É um sinal claro de que seu nome não empolga o eleitorado, mesmo ocupando a cadeira de vice-governador.

Mais que isso: sua permanência no cargo traz riscos reais de instabilidade. Caso Rocha deixe o governo para disputar o Senado, como vem sinalizando, Sérgio assumiria o comando do Palácio Rio Madeira. E a história política de Rondônia já mostrou que mudanças assim costumam gerar traições, rachas e derrotas: como nas eleições de 1990, 1994 e 2018.

O roteiro já foi visto em outros estados. No Rio de Janeiro, por exemplo, o governador Cláudio Castro blindou seu governo e evitou riscos ao nomear o vice, Thiago Pampolha, para o TCE. Resultado: garantiu governabilidade, alinhamento político e estabilidade até o fim do mandato.

Para Sérgio, o TCE representa não apenas um cargo vitalício de prestígio e influência, mas também uma saída honrosa de um cenário eleitoral no qual ele tem poucas chances de êxito. E, para Rocha, significa manter o controle da própria sucessão, fortalecer sua candidatura ao Senado e evitar que a máquina pública seja usada por um eventual adversário interno.

A direita rondoniense já conhece bem os efeitos devastadores da divisão. Insistir na candidatura de Sérgio seria repetir os erros do passado. A ida dele para o TCE não é só conveniente, é necessária se avaliarmos bem o contexto que se delineia.

Por: Daniela Castelo Branco

Foto: Divulgação

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