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Nova fase da Operação Soldados da Usura mira grupo de cobrança violento em Rondônia

Ação do MPRO com apoio das polícias cumpre 20 mandados e bloqueia mais de R$ 2,7 milhões em bens e valores de organização criminosa.

O Ministério Público de Rondônia (MPRO), com apoio das Polícias Civil e Militar, deflagrou nesta quarta-feira (16) a segunda fase da Operação Soldados da Usura, com foco na célula mais agressiva da organização criminosa investigada. A ação ocorre em Porto Velho e Buritis e cumpre 7 mandados de prisão preventiva, 13 de busca e apreensão e diversas medidas de bloqueio patrimonial, com valor total de R$ 2.738.445,25, conforme determinação da 1ª Vara de Garantias da Comarca de Porto Velho.

Esta nova etapa da operação tem como alvo direto a chamada “equipe de cobrança” da organização, acusada de atuar com extrema violência contra as vítimas, utilizando ameaças com armas de fogo, intimidações físicas e expropriação de bens como forma de garantir o pagamento de empréstimos ilegais com juros abusivos: prática conhecida como usura.

A operação mobilizou cerca de 90 agentes, entre policiais militares (incluindo a Corregedoria da PM), policiais civis, promotores de Justiça e servidores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Continuidade criminosa mesmo com lideranças presas

Segundo o MPRO, mesmo após a deflagração da primeira fase da operação, em fevereiro deste ano, quando parte da liderança da quadrilha foi presa, a “equipe de cobrança” seguiu atuando, dando continuidade aos crimes de usura e extorsão a mando dos líderes detidos.

A investigação aponta que o grupo se organizava de forma estruturada para captar vítimas, realizar os empréstimos e, posteriormente, usar violência ou grave ameaça para realizar cobranças, chegando a tomar bens e valores de diversas pessoas. O patrimônio obtido de forma criminosa era movimentado e ocultado por meio de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e estelionato.

Origem do nome da operação

O nome “Soldados da Usura” faz alusão ao modo de agir do grupo, descrito pelo MPRO como uma “legião de saqueadores” que explorava o desespero financeiro das vítimas para enriquecer à força, utilizando o medo como principal ferramenta de cobrança.

Texto: Daniela Castelo Branco

Foto: Divulgação/MP-RO

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