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Novo presidente da CBF, Samir Xaud diz que crise na entidade já é “página virada”

Aos 41 anos, médico e dirigente assume prometendo gestão coletiva, mais transparência e descentralização do poder no futebol brasileiro.

Depois de meses de turbulência nos bastidores, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) virou uma página importante da sua história. Pelo menos é o que garante Samir Xaud, eleito neste domingo (25) como novo presidente da entidade.

Em entrevista exclusiva à CNN, o dirigente, que até então comandava a Federação Roraimense de Futebol (FRF), afirmou que a instabilidade institucional vivida nos últimos tempos já ficou para trás.

“A página está virada. Represento um grupo que quer desenvolvimento, que quer a melhoria do futebol brasileiro nesse momento em que a CBF vivia instabilidade”, declarou.

A crise que culminou na saída de Ednaldo Rodrigues teve como estopim a acusação de falsificação da assinatura do Coronel Nunes, então vice-presidente da CBF, em um documento que fortalecia o poder de Ednaldo dentro da entidade. A Justiça determinou seu afastamento, abrindo caminho para a eleição de Xaud.

 Gestão baseada no diálogo e na descentralização

Aos 41 anos, médico infectologista e empresário do ramo esportivo, Samir Xaud assume a presidência da maior entidade do futebol brasileiro prometendo um modelo de gestão coletiva, transparente e descentralizado.

“Nós precisamos dar mais autonomia aos profissionais da casa. A CBF tem excelentes profissionais, mas eles precisam ter liberdade para trabalhar, tomar decisões e executar seus projetos”, afirmou.

Segundo ele, sua eleição foi fruto de uma construção coletiva entre 25 federações estaduais e 10 clubes. Esse movimento, batizado de “Futebol para Todos: Transparência, Inclusão e Modernização”, inviabilizou até a formação de uma chapa concorrente, como a que estava sendo articulada por Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol.

“Nós percebemos que o momento pedia união. Durante a crise, as conversas começaram nos bastidores, com presidentes de federações, dirigentes de clubes e lideranças que, como eu, acreditam que o futebol brasileiro precisa ser reconstruído com base no diálogo”, explicou.

Quem é Samir Xaud?

Pouco conhecido do grande público, Samir carrega o sobrenome de uma família tradicional do futebol do norte do país. Seu pai, que está há 40 anos à frente da Federação Roraimense de Futebol (FRF), deve deixar o cargo em 2026, quando Samir assumiria oficialmente.

Formado em medicina, com especialização em infectologia e medicina esportiva, Samir também atua como empresário no setor de bem-estar e fitness, gerenciando um centro de treinamento em Roraima.

Seu perfil conciliador, segundo ele próprio, foi determinante para ser escolhido como nome de consenso. “Fui escolhido pelo meu perfil de diálogo, por gostar de conversar, ouvir e construir pontes. Mas é importante deixar claro: eu represento um grupo. Minha liderança é coletiva, feita a muitas mãos”, reforçou.

 Futebol brasileiro em busca de estabilidade

Agora, o desafio de Samir Xaud é enorme: acalmar os bastidores da CBF, restaurar a credibilidade da entidade e, claro, ajudar a recolocar o futebol brasileiro no caminho das vitórias; dentro e fora de campo.

Se a crise realmente ficou para trás, como ele garante, só o tempo e o desempenho da gestão, poderá confirmar.

Por: Daniela Castelo Branco

Foto: Divulgação

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