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PEC da Blindagem volta à pauta e promete testar a temperatura da Câmara

Proposta que limita investigações contra parlamentares será debatida novamente em reunião de líderes; analistas alertam para impactos no equilíbrio institucional.

Resistência e controvérsia

A PEC da Blindagem, que visa restringir investigações contra deputados e senadores, enfrenta resistência crescente na Câmara dos Deputados. Na semana passada, uma reunião de líderes terminou sem acordo, deixando claro que o tema continua polarizando o Congresso.

Originalmente apresentada em 2021, a proposta ressurgiu recentemente como parte de uma articulação política para limitar a atuação do Ministério Público e do Judiciário sobre parlamentares. Caso seja aprovada, investigações só poderiam ser iniciadas com autorização prévia das mesas diretoras da Câmara e do Senado, representando um possível retrocesso em relação às práticas vigentes desde a década de 1990.

Tentativas de modificação

O deputado Lafayette Andrada (Republicanos-MG) ficou responsável por apresentar alterações no texto, buscando construir consenso entre os parlamentares. No entanto, as mudanças propostas não foram suficientes para convencer os líderes partidários, que ainda avaliam os riscos políticos e institucionais da medida.

A discussão sobre a PEC ocorre em um momento delicado do cenário político nacional, coincidindo com outros debates de grande repercussão no Congresso.

Próximos passos

O tema voltará à pauta esta semana, durante a reunião regular de líderes, quando parlamentares devem retomar as negociações. Apesar do esfriamento momentâneo, a PEC continua sendo uma alternativa a outras demandas da oposição, como a questão da anistia, que também tem gerado intenso debate.

Reflexão sobre o impacto

Mais do que uma disputa política, a PEC da Blindagem levanta uma questão central sobre transparência, equilíbrio institucional e limites do poder legislativo. A forma como o Congresso decidirá sobre a proposta terá reflexos diretos na confiança da população nas instituições e na própria percepção de justiça no país.

Texto: Daniela Castelo Branco

Foto: Divulgação

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