Valor médio do litro nas refinarias cai para R$ 2,85; impacto nas bombas depende de cada posto.
A Petrobras anunciou, nesta segunda-feira (2), uma redução de R$ 0,17 no preço médio do litro da gasolina vendida às distribuidoras. A partir desta terça-feira, o combustível nas refinarias passará a custar R$ 2,85, o que representa uma queda de 5,6% no valor.
Esse é o primeiro corte no preço da gasolina desde outubro de 2023, em meio a um cenário de recuperação no consumo do combustível no país. Dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) mostram que, em abril, as vendas de gasolina cresceram 4,6% em relação ao mesmo mês do ano passado, somando 3,81 bilhões de litros: o melhor desempenho para abril na série histórica.
No acumulado de janeiro a abril, o país já registra 14,74 bilhões de litros vendidos, alta de 3,5% sobre o mesmo período de 2024.
Vai baixar na bomba?
Apesar da redução nas refinarias, isso não significa queda automática para os motoristas nos postos. O repasse depende de uma série de fatores, como:
• Mistura obrigatória de etanol anidro na gasolina (27%)
• Tributos federais e estaduais
• Custos de distribuição e revenda
• Margem de lucro dos postos
Além disso, o mercado interno também é abastecido por refinarias privadas e importações, o que pode influenciar no preço final.
Estratégia da Petrobras
A estatal, sob gestão de Magda Chambriard, tem adotado uma política de evitar repasses imediatos das oscilações internacionais ao mercado interno, mantendo os ajustes mais espaçados. A última alteração no preço da gasolina havia sido um aumento de 7%, em julho de 2024.
O movimento atual reflete uma tentativa de acomodar o cenário interno, em meio ao crescimento no consumo e à estabilidade relativa no mercado internacional de combustíveis.
Por: Daniela Castelo Branco
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