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Reprovação dispara e Lula vê projeto de reeleição ameaçado  

Rejeição segue crescendo e, com índices desfavoráveis, a projeção para 2026 começa a assustar o Planalto.

O final de semana foi tenso para Lula e o PT. Pesquisas divulgadas entre maio e início de junho mostram uma rejeição crescente ao governo, tanto no curto quanto no médio prazo: e a corrida pela reeleição em 2026 já começa a soar alarmante em Brasília. 

Um levantamento da Genial/Quaest, com dados de final de maio, revela um percentual de 57% dos brasileiros desaprovando o governo (contra 40% de aprovação). É o maior índice desde o início do mandato, com a diferença negativa de 17 pontos: acima do patamar já preocupante de 56% de reprovação em março, quando a aprovação estava em 41%.

Confirmando esse cenário de desgaste, outras fontes também apontam para índices elevados: 

  • AtlasIntel/Bloomberg, por meio da pesquisa Latam Pulse (19–23 maio), aponta desaprovação de 53,7% a 45,4% de aprovação
  • PoderData indica 56% de desaprovação e 39% de aprovação, também entre 31 de maio e 2 de junho

O aumento da reprovação começou entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025, depois de estagnar anteriormente. A diferença entre aprovação e reprovação só aumenta, alcançando patamares críticos nesse início de junho. 

Reprovação se espalha pelo Brasil 

A rejeição não é uniforme, mas preocupa sobretudo fora do Nordeste: 

  • No Centro‑Oeste/Norte, 55% contra 42% favoráveis; 

No contexto partidário e socioeconômico, os números também são preocupantes: 

Desafios do curto e médio prazo 

No plano imediato, essa espiral negativa pode pressionar qualquer possível investida de reformas; como as tributárias ou administrativa, pelo risco de carregar ainda mais rejeição sobre o governo. 

Mas o foco do Planalto já começa a mirar 2026: se a rejeição continuar, a reeleição deixará de ser confortável e passará a ser incerta. O mapa do eleitorado indica que Lula depende cada vez mais do Nordeste; já pouco capaz de compensar o desgaste em outras regiões. 

Caminho urgente para virar o jogo 

Lula precisará reverter a curva de reprovação. E isso só acontecerá se conseguir: 

  • Mostrar entregas reais: especialmente nas frentes da economia e segurança pública, onde a percepção continua ruim; 
  • Recuperar confiança em segmentos com maior rejeição, como o Sudeste e o eleitorado mais escolarizado; 
  • Conter e esclarecer crises pontuais, como a do INSS, que deixou a cadeira “menos confortável”. A própria Quaest aponta que 82% dos entrevistados tinham conhecimento do escândalo, e 31% responsabilizavam diretamente seu governo 

Conclusão 

Lula inicia a reta de 2026 com problemas profundos: rejeição recorde, desgaste fora do Nordeste e desgaste político ampliado por crises institucionais. Para reconquistar a confiança, será necessário um esforço estratégico que vá além de medidas econômicas: falta, sobretudo, um plano concreto para retomar credibilidade e empatia com os brasileiros. 

Texto: Daniela Castelo Branco

Foto: Divulgação

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