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Réus por tentativa de golpe se preparam para interrogatório no STF 

Advogados orientam respostas curtas e objetivas; depoimentos começam na próxima semana com Mauro Cid.

Os réus do chamado núcleo central da tentativa de golpe de Estado já começaram a ser preparados pelas defesas para os interrogatórios que ocorrerão na próxima semana no Supremo Tribunal Federal (STF). 

O ministro Alexandre de Moraes marcou para segunda-feira (9) o início dos depoimentos, começando com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) e delator no caso. 

Nos bastidores, advogados confirmam que estão revisando depoimentos anteriores, estudando minuciosamente o processo e treinando os réus. A orientação principal é clara: respostas objetivas e cautela para não se complicarem. Apesar de terem o direito de permanecer em silêncio, a estratégia da maioria das defesas é que falem; mas sem se estender. 

Além de Bolsonaro e Mauro Cid, também são réus no processo: 

  • Alexandre Ramagem (deputado e ex-diretor da Abin); 
  • Almir Garnier (ex-comandante da Marinha); 
  • Anderson Torres (ex-ministro da Justiça); 
  • Augusto Heleno (ex-ministro do GSI); 
  • Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa); 
  • Walter Braga Netto (ex-ministro e ex-vice na chapa de Bolsonaro). 

Após Mauro Cid, os interrogatórios seguirão em ordem alfabética ao longo da semana: terça (10) durante todo o dia; quarta (11) e quinta (12) pela manhã; e sexta (13) em período integral. Todos os depoimentos ocorrerão presencialmente na sala da Primeira Turma do STF, com exceção de Walter Braga Netto, que está preso preventivamente no Rio de Janeiro desde dezembro. 

A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) aponta que esse grupo foi responsável por articular o plano de tentativa de golpe de Estado. Eles respondem por crimes como: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. 

No caso do deputado Alexandre Ramagem, a acusação foi parcialmente suspensa pela Câmara dos Deputados. Ele responderá apenas pelos atos cometidos antes da diplomação, ficando fora da acusação por dano qualificado. 

Por: Daniela Castelo Branco

Foto: Divulgação/STF

Veja na íntegra a reportagem apurada pela CNN – Brasil:

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