Governador de São Paulo afirma que seguirá no cargo até o fim do mandato e nega conversas sobre possível campanha ao Planalto
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem reforçado a aliados que não pretende disputar a Presidência da República em 2026; nem mesmo se o pedido partir diretamente do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem é próximo e considerado um dos principais nomes da direita atualmente.
A declaração foi feita durante um encontro recente em Lisboa, onde Tarcísio também expressou desconforto com rumores que sugerem que ele teria discutido nos bastidores uma possível candidatura nacional. Para o governador, essas especulações são infundadas e movidas por interesses pessoais ou partidários de quem as divulga.
Nos bastidores, pessoas próximas ao governador relatam que ele aposta em uma saída institucional, liderada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que possa reabilitar os direitos políticos de Bolsonaro, hoje inelegível. Segundo Tarcísio, essa seria a alternativa mais viável para o campo conservador, evitando acirramento social em caso de prisão do ex-presidente e diminuindo a pressão política por eventuais pedidos de impeachment contra ministros do Supremo.
Apesar de ser visto como um possível herdeiro político de Bolsonaro, Tarcísio tem repetido que seu compromisso é com a conclusão do mandato em São Paulo. Como militar de formação, diz considerar fundamental cumprir até o fim o período para o qual foi eleito. Ele também pondera que uma eventual renúncia em abril de 2026, prazo legal para se lançar a outro cargo, prejudicaria entregas importantes previstas para o estado; inclusive ações que já estão sendo estruturadas para um possível segundo mandato.
Ao reforçar que seu foco está na gestão estadual, Tarcísio tenta se afastar dos holofotes nacionais e reafirmar sua imagem como gestor técnico, evitando se tornar, por ora, o epicentro da disputa pela sucessão presidencial.
Texto: Daniela Castelo Branco
Foto: Divulgação
