Quadrilha invadiu área restrita com 150 kg de pasta base; ação causou caos nos voos e terminou com a fuga dos suspeitos
O que parecia ser apenas mais uma noite movimentada no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, virou um cenário de tensão e caos no tráfego aéreo. Tudo por causa do uso ousado da tecnologia por parte do tráfico de drogas.
Segundo informações da Polícia Militar, drones usados para vigiar o entorno do terminal estavam a serviço de criminosos que tentavam embarcar cerca de 150 kg de pasta base de cocaína com destino a Joanesburgo, na África do Sul. Três suspeitos chegaram a invadir uma área restrita do aeroporto na tentativa de fazer o carregamento ilegal, mas a ação foi frustrada com a chegada da segurança.
Ao perceberem a aproximação dos agentes, os criminosos abandonaram a carga e fugiram pela área de mata que circunda o terminal. Ninguém foi preso até o momento, mas as buscas continuam.
O capitão Alexandre Guedes, da PM, confirmou que os drones estavam sendo utilizados pela quadrilha para monitorar a presença de policiais. As autoridades tratam o caso como um alerta grave sobre a sofisticação de quadrilhas internacionais que operam no país.
O uso indevido dos drones causou impactos diretos nas operações aéreas. Por volta das 22h30, pousos e decolagens foram temporariamente suspensos, levando ao desvio de voos para aeroportos alternativos, como o de Viracopos, em Campinas. Passageiros enfrentaram atrasos e incertezas por mais de duas horas.
Em nota, o Comando de Aviação da Polícia Militar informou que foi acionado pela Força Aérea Brasileira (FAB) e realizou buscas com helicóptero equipado com imagiador térmico e farol de busca. Apesar dos esforços, nenhum drone foi localizado.
Texto: Daniela Castelo Branco
Foto: Divulgação/CNN