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Vacina contra meningite ACWY passa a ser aplicada aos 12 meses no SUS a partir desta terça (1º)

Atualização amplia proteção infantil contra mais sorogrupos da bactéria causadora da doença; Brasil já soma mais de 4 mil casos em 2025

O Ministério da Saúde começou a aplicar, a partir desta terça-feira (1º), a vacina meningocócica ACWY em crianças de 12 meses de idade pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A medida atualiza o calendário vacinal e tem como objetivo ampliar a proteção contra a meningite no país, que já registrou 4.406 casos confirmados em 2025.

Antes da mudança, o esquema vacinal infantil incluía duas doses da vacina meningocócica C, aplicadas aos três e cinco meses de vida, com reforço aos 12 meses: todas contra o sorogrupo C. Com a atualização, esse reforço será substituído pela ACWY, que oferece proteção contra quatro sorogrupos da bactéria meningococo: A, C, W e Y.

Até então, a vacina ACWY era disponibilizada na rede pública apenas para adolescentes entre 11 e 14 anos. A inclusão no calendário infantil visa ampliar a imunização em um momento em que o país enfrenta números expressivos da doença.

Segundo o Ministério da Saúde, crianças que já receberam a dose de reforço com a meningocócica C aos 12 meses não precisam se vacinar novamente com a ACWY. Já aquelas que ainda não foram imunizadas nessa fase poderão receber a nova versão da vacina como reforço.

Casos em 2025

Até o momento, o Brasil contabiliza:

  • 1.731 casos de meningite bacteriana
  • 1.584 casos de meningite viral
  • 1.091 casos por outras causas ou não identificadas

O ministério destaca que outras vacinas oferecidas pelo SUS, como a BCG, pentavalente e pneumocócicas (10, 13 e 23-valente), também ajudam a prevenir formas de meningite.

A doença

A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Pode ser causada por bactérias, vírus, fungos e parasitas, além de fatores não infecciosos, como câncer, lúpus, traumas ou reações a medicamentos.

As meningites bacterianas costumam ocorrer com mais frequência durante o outono e o inverno, enquanto as virais são mais comuns na primavera e verão.

Com a mudança, o governo espera reforçar a cobertura vacinal infantil e reduzir o impacto de formas graves da doença, especialmente em crianças pequenas, mais vulneráveis às complicações.

Texto: Daniela Castelo Branco

Foto: Divulgação

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