Influenciadora respondeu à maioria das perguntas e afirmou que sua fortuna veio de outras fontes; comissão investiga impacto dos jogos no orçamento das famílias brasileiras.
A influenciadora Virginia Fonseca prestou depoimento nesta terça-feira (13) à CPI das Bets, no Senado, comissão que investiga o impacto das apostas online no orçamento das famílias e possíveis vínculos com o crime organizado.
Convocada como testemunha, Virginia respondeu à maioria dos questionamentos, inclusive sobre os contratos com empresas de apostas e as formas de divulgação. Ela se recusou apenas a informar o maior valor recebido por campanhas. A influenciadora obteve um habeas corpus do ministro Gilmar Mendes (STF) garantindo o direito ao silêncio.
Com cerca de 50 milhões de seguidores no Instagram, Virginia foi chamada à CPI pela relatora, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), que justificou a convocação por sua influência massiva no ambiente digital. Segundo a senadora, a influenciadora usou sua popularidade para promover casas de apostas.
Durante a sessão, Virginia afirmou que todos os valores recebidos foram declarados à Receita Federal e negou ter lucrado com as perdas dos seguidores: o chamado “cachê da desgraça”. Ela também disse que sua fortuna veio do sucesso da marca de cosméticos Wepink, que teria faturado R$ 750 milhões em 2023.
“Eu não fiquei milionária com bet”, afirmou. “Já tinha 30 milhões de seguidores quando fiz essas divulgações, e hoje sou empresária, apresentadora, mãe e filha.”
A CPI já ouviu outras personalidades do meio digital, como Deolane Bezerra, e promete aprofundar a investigação sobre a influência das apostas online, que se trata de um mercado bilionário que ainda carece de regulação no Brasil.
Por: Daniela Castelo Branco
Foto: Divulgação
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